Crédito imobiliário avança 61,5% no melhor julho desde 2013, diz Abecip
O crédito imobiliário com recursos da poupança registrou o melhor resultado para um mês de julho desde o ano de 2013 e o segundo melhor da série história realizada após o Plano Real, apontou a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Conforme dados da entidade, no último mês de julho, o crédito imobiliário somou R$ 10,82 bilhões registrando um crescimento de 61,5% na base anual e um avanço de 16,7% em comparação com o mês imediatamente anterior.
Segundo a Abecip, os financiamentos de imóveis no intervalo chegou a 36,8 mil, equivalente a uma expansão de 47,8% em relação ao mesmo período do ano passado e uma alta de 11,1% na comparação mensal. Os empréstimos para aquisição e construção de imóveis no acumulado de 12 meses, por sua vez, totalizaram R$ 92,45 bilhões, um crescimento de 36,8% em comparação ao número registrado nos 12 meses anteriores.
A Caixa Econômica Federal manteve a liderança no setor, com R$ 5,528 bilhões financiados nas modalidades construção e aquisição em julho. O banco estatal é seguido pelo Bradesco (BBDC4), em segundo lugar com R$ 1,972 bilhão; e pelo Itaú Unibanco (ITUB4), em terceiro com R$ 1,748 bilhão.
Abecip avalia que poupança captada tem desempenho expressivo
A associação ainda avaliou que a poupança captada pelos agentes financeiros do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) obteve uma performance significativa em julho, com uma captação líquida de R$ 22,4 bilhões. O resultado é o maior para o mês desde o início da série histórica em 1994 e o terceiro mais alto da história.
“Um conjunto de fatores parece contribuir positivamente para esse desempenho, como a redução do consumo devido ao isolamento social, maior preocupação financeira das famílias com o futuro próximo, queda da rentabilidade das demais aplicações de renda fixa e volatilidade expressiva no mercado de renda variável”, destacou a entidade.
Além disso, a associação das instituições que oferecem recursos para crédito imobiliário e poupança salientou que pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, liberado em contas de poupança, deve impactar na captação em vista da ampla utilização das cadernetas como contas correntes.
