Crédito imobiliário para aquisição cresceu 60% em 2020, para R$ 93,9 bi
A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) informou que o crédito imobiliário para aquisição avançou 60% em 2020 contra 2019, alcançando R$ 93,9 bilhões, o que representa o maior montante para o setor. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27), durante uma coletiva de imprensa organizada pela associação.
De acordo com a associação, a expansão do crédito imobiliário em 2020 foi puxada, principalmente, pela liberação de financiamentos para a pessoa física fazer a compra de moradias.
Dos R$ 93,9 bilhões em crédito para aquisição de imóveis, a Abecip explicou que cerca de R$ 66,5 bilhões foram destinados para compra de imóveis usados, ao passo que R$ R$27,5 bilhões foram para novas unidades.
Além disso, os empréstimos destinados às empresas, para a construção de empreendimentos, avançaram 50% em 2020, em comparação com o ano anterior, totalizando R$ 30,1 bilhões.
Os dados mostraram que, ao todo, os financiamentos para a compra e construção de imóveis no ano passado chegaram a R$ 123,97 bilhões, representando um avanço de 57,5% na comparação anualizada. Vale destacar que o resultado também foi o maior da história, uma vez que superou os R$ 112,9 bilhões reportados em 2014.
Os números consideram apenas os financiamentos com recursos originados nas cadernetas de poupança.
Caixa lidera concessão de crédito imobiliário em 2020
Além disso, a Abecip destacou que a Caixa Econômica Federal liderou a concessão de financiamentos imobiliários em 2020, ao conceder R$ 53,7 bilhões em empréstimos para a compra e aquisição de imóveis residenciais no ano passado. O montante é 102% maior em comparação com 2019.
O total concedido pela estatal representa 43,3% dos financiamentos concedidos no Brasil durante o ano passado, levando em consideração os financiamentos com recursos originados nas cadernetas de poupança.
Já os segundo e terceiro lugar no ranking de financiamentos imobiliários ficaram com o Bradesco e com o Itaú Unibanco, respectivamente. Os empréstimos feitos pelo Bradesco chegaram a R$ 24,5 bilhões, alta de 37,6% na comparação anual, enquanto o Itaú concedeu R$ 23,3bilhões, avançando 41%, na mesma comparação.
A Abecip informou também que a inadimplência no crédito imobiliário ficou em 1,6% em 2020. Apesar da crise econômica e pandemia, a inadimplência dos mutuários ficou dentro da faixa verificada na última década, quando oscilou entre 1,4% (2014 e 2018) e 2,1% (2010).
Com informações do Estadão Conteúdo.
