Depois de sofrer um baque com o colapso do fundo Archegos Capital, o banco Credit Suisse registrou seu segundo prejuízo trimestral consecutivo nesta quinta-feira, e informou que espera cobranças adicionais no segundo trimestre devido ao colapso do fundo.
O banco registrou prejuízo de 252 milhões de francos suíços (US$ 275,26 milhões) no primeiro trimestre, menor do que a expectativa do mercado, de prejuízo de 722 milhões de francos suíços (US$ 788,65 milhões). No mesmo período de 2020, o Credit Suisse teve lucro de 1,31 bilhão de francos suíços (US$ 1,43 bilhão).
O Credit Suisse informou que prevê um impacto de 600 milhões de francos suíços (US$ 654,3 milhões) devido ao colapso da Archegos Capital no seu resultado do segundo trimestre, após cobranças de 4,4 bilhões (US$ 4,81 bilhões) no período de janeiro a março.
Além do Credit Suisse, outros grandes bancos globais sofreram perdas com o caso do fundo Archegos, incluindo o Goldman Sachs, Morgan Stanley, UBS, Wells Fargo e Nomura Holdings.
Credit Suisse levanta capital com notas conversíveis
O banco anunciou nesta quinta-feira que está levantando capital por meio da emissão de notas conversíveis em 203 milhões de ações, enquanto enfrenta o impacto do colapso da Archegos Capital Management.
As notas foram apresentadas a um grupo de acionistas principais, investidores institucionais e indivíduos com elevado patrimônio.
“Com a oferta, esperamos fortalecer ainda mais a nossa posição de capital, em linha com a intenção de atingir um índice CET1 de aproximadamente 13%”, informou o banco. No final de março, o índice do Credit Suisse era de 12,2%.
O banco disse que espera um impacto adicional de 600 milhões de francos suíços (US$ 654,3 milhões) de cobranças da Archegos no segundo trimestre. No primeiro trimestre, o Credit Suisse registrou uma cobrança de 4,4 bilhões de francos suíços (US$ 4,8 bilhões).