As propostas “não vinculantes” sobre a venda da área de fundos imobiliários do Credit Suisse (C1SU34) foram enviadas na semana passada e as instituições participantes já foram informadas pelo UBS BB, coordenador da operação, se passaram para a etapa seguinte e vão prosseguir nas negociações, disse o jornal Valor Econômico.
Segundo a publicação, o Pátria Investimentos teria apresentado a melhor proposta financeira, na casa dos US$ 120 milhões (cerca de R$ 600 milhões).
Um outro nome que aparece em uma lista restrita e que segue na disputa é o da Vinci Partners, que recentemente, recebeu um aporte de US$ 100 milhões da americana Ares Management, que tem US$ 384 bilhões sob gestão, para expandir operações na América Latina por meio de aquisições.
Já estariam fora da disputa a Kinea, do Itaú, Jive e RBR, disse o Valor.
Ainda de acordo com uma fonte, a expectativa é de que o processo chegue ao fim ainda neste ano, não incluindo no prazo as burocracias finais para assinatura do contrato.
A área de ativos imobiliários do Credit Suisse, que possui um patrimônio da ordem de R$ 12 bilhões em fundos listados na B3 (B3SA3), a se confirmar o valor aventado, sairia em um múltiplo de 20 vezes o lucro, segundo um executivo que avaliou o negócio ao Valor.
O jornal lembra que a divisão de ativos imobiliários não é uma asset separada dentro do grupo, e a operação precisa ser cindida, com a convocação de assembleia de cotistas dos diversos fundos para aprovar a troca de gestão quando o negócio foi concretizado. De acordo com uma fonte, as peculiaridades do negócio “já foram superadas”.
Vale lembrar que o UBS Group (UBSG34) concluiu em junho deste ano a aquisição do antigo rival, Credit Suisse Group AG (C1SU34), considerada a maior fusão no setor bancário desde a crise financeira de 2008.