O Credit Suisse anunciou que fechou um acordo para vender seu negócio de fundos imobiliários (FIIs) no Brasil, a Credit Suisse Hedging-Griffo Real Estate, para o Pátria Investimentos por até R$ 650 milhões (US$ 130 milhões).
A transação entre o Credit Suisse e o Pátria abrange os fundos imobiliários listados da gestora na B3, totalizando aproximadamente US$ 2,4 bilhões em ativos, ou R$ 12 bilhões.
A equipe da CSHG Real Estate e a gestão dos fundos serão transferidas para o Pátria, que possui US$ 28,4 bilhões em ativos sob gestão.
Após a conclusão da aquisição, o Pátria deverá tornar-se o maior gestor independente de fundos imobiliários no Brasil.
O Pátria, que já conta com mais de R$ 18 bilhões em ativos sob gestão no segmento de ativos imobiliários, com presença no Brasil, Chile e Colômbia, busca com essa transação consolidar sua área imobiliária (Real Estate, em inglês) como uma das líderes desse mercado, de acordo com o comunicado.
Além de fortalecer sua plataforma com a equipe que gerencia os fundos, a incorporação dos fundos de recebíveis do Credit Suisse no Brasil terá como destaques fundos de Logística e Renda Urbana.
Sylvia Coutinho, chefe do UBS no Brasil e América Latina, mencionou em nota enviada ao Valor Econômico que o processo competitivo resultou na escolha do Pátria como comprador.
Marcello Chilov, presidente do Credit Suisse Brasil e chefe do UBS Global Wealth Management na região, expressou confiança na capacidade do Pátria de continuar a servir os investidores dos fundos e levar adiante o negócio.
A divisão de gestão de riqueza global do UBS continuará a oferecer os fundos do Pátria aos seus clientes no Brasil.
O UBS BB atuou como assessor financeiro exclusivo, e o BMA Advogados atuou como assessor jurídico do Credit Suisse na transação.
A conclusão da transação e a transferências dos fundos estão sujeitos à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e de assembleia dos investidores dos FIIs.
O mercado de fundos imobiliários listados no Brasil inclui mais de R$ 161 bilhões, com crescimento de 27% ao ano desde 2018, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O UBS BB atuou como assessor financeiro exclusivo da operação. O BMA Advogados atuou como assessor jurídico do Credit Suisse na transação.
Com Estadão Conteúdo