Credit Suisse espera encargo de US$ 425 mi após recuo de hedge fund

O Credit Suisse espera um encargo de US$ 425 milhões (o equivalente a R$ 2,44 bilhões) por conta de uma participação no grupo de investimentos alternativos York Capital Management, o qual informou que encerraria seus negócios de fundos de hedge europeus.

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De acordo com informações do jornal Financial Times, movimento do York, considerado um dos maiores e mais antigos players da indústria de fundos de hedge, acontece após retornos fracos em algumas de suas estratégias e uma queda no rendimento de seus ativos.

Desse modo, o York Capital Management se tornou a primeira empresa de fundos de hedge de alto perfil a recuar suas operações.

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Segundo o jornal, o grupo comunicou a investidores, em carta neste segunda-feira (24), que planeja se concentrar em ativos de longa duração, como private equity, dívida privada e obrigações de empréstimos colateralizados, onde tem levantado dinheiro e administra cerca de US$ 8,5 bilhões em ativos.

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Nesse sentido, o York informou que abandonará estratégias de fundos de hedge europeus e vai manter o fundo principal em Nova York, porém gerando principalmente dinheiro interno.

Credit Suisse em tempos de contratempos

O recuo do York se coloca como o mais recente obstáculo para Credit Suisse em 2020, ano que o banco ainda sofreu com o escândalos na Luckin Coffee e da Wirecard.

A instituição financeira também anunciou uma revisão interna sobre seus fundos de financiamento da cadeia de suprimentos associados ao SoftBank e ao Greensill Capital.

O Credit investiu pela primeira vez no York em 2010 através seu braço de asset management, parte do negócio internacional de gestão de fortunas do banco. A companhia desembolsou US$ 450 milhões por uma participação de 30% no negócios e ofereceu seus fundos aos clientes do banco.

Com a notícia negativa, o Credit Suisse informou que o impairment não afetará os planos de dividendos e distribuição de proventos neste ano, tampouco em 2021. De acordo com o FT, é esperado que os acionistas votem a favor do pagamento da segunda parcela de seus dividendos de 2019 em um reunião na sexta-feira, em linha com o rival UBS.

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Arthur Guimarães

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