Ações do Credit Suisse (C1SU34) desabam após venda às pressas para UBS
As ações do Credit Suisse (C1SU34) desabam nesta segunda (20), após o anúncio da venda às pressas da instituição financeira para o rival UBS. Por volta das 9h55, os papéis do banco suíço eram negociados em queda de 56,87% na Bolsa de Zurique.
Às 12h21, a queda era de 55,87% na bolsa suíça. Por volta das 11h, as BDRs do Credit recuavam 34,28% na Bolsa brasileira, ao preço de R$ 3,47.
Enquanto as ações do Credit Suisse amargavam esse forte tombo, os papéis do UBS começaram o dia em queda, mas viraram o jogo e eram negociados em alta de 1,20% por volta do mesmo horário.
Na semana passada, as BDRs do Credit Suisse na Bolsa brasileira registraram um recuo de 20,84%, tendo em vista o novo capítulo da crise financeira envolvendo o banco internacional.
No domingo (19), o UBS fechou um acordo às pressas para comprar o rival Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões. De acordo com informações publicadas pelo The Wall Street Journal, a operação teria sido costurada pelos reguladores suíços para evitar que a queda de confiança nos bancos se espalhasse.
Credit Suisse vendido para o UBS: Análises
“A oferta foi de um total de US$ 3,2 bilhões, bem abaixo do valor de mercado do Credit no último fechamento. Para evitar um estresse muito elevado, as autoridades monetárias na Suíça garantiram que irão fornecer assistência de liquidez ao UBS, enquanto o governo está concedendo uma garantia para perdas potenciais de ativos que o UBS está assumindo”, detalha Victor Guglielmi, analista econômico da Guide Investimentos.
Na visão de Guilherme Sahadi, CIO da gestora iVi Technologies, a queda das ações do Credit Suisse mostra que os agentes econômicos reagiram a operação de forma negativa “e pode significar que o problema no banco, que já deu sinais de alta alavancagem e má gestão no passado, eram realmente graves”.
Para os analistas da XP Investimentos, o acordo de venda do Credit Suisse para o UBS “foi importante para evitar uma crise de confiança que poderia se espalhar pela Europa e Estados Unidos”.
