Credit Suisse (C1SU34) derrete 26% após recuo de principal acionista

As ações do banco Credit Suisse (C1SU34) operam em forte queda na manhã desta quarta-feira (15) após o principal acionista da instituição suíça, o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita, descartar a hipótese de oferecer mais assistência financeira à instituição.

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Com isso, as ações do Credit Suissse despencam 26% nas negociações que precedem a abertura de mercado (premarket) em Nova York.

“A resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão mais simples, que é regulatória e estatutária”, disse o presidente do SNB, Ammar Al Khudairy, em entrevista à Bloomberg TV.

Na terça (14), o Credit Suisse havia dito ter identificado “fraquezas significativas” na divulgação de resultados financeiros dos últimos anos em função de controles internos ineficientes.

No relatório anual de 2022, o banco suíço disse que sua liderança, incluindo o CEO Ulrich Körner e o diretor financeiro Dixit Joshi, que começaram a trabalhar na instituição no ano passado, concluiu que seus controles não são eficientes.

Apesar das falhas, o Credit Suisse disse que suas demonstrações financeiras “representam razoavelmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira consolidada do grupo”.

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Credit Suisse adiou balanço

O Credit Suisse teve de adiar seu relatório anual na semana passada, por conta de questionamentos da Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM dos EUA) sobre fluxos de caixa de 2019 e 2020, que foram revisados no relatório anual de 2021.

No documento divulgado na terça, o Credit Suisse disse que as revisões são resultado das fraquezas apontadas e que pode haver outras distorções relevantes.

O banco suíço enfrenta uma grande crise de desconfiança, com resultados ruins, desde o ano passado.

No final de julho, o Credit Suisse anunciou que reformularia seu banco de investimento e sairia de alguns outros negócios para se tornar uma instituição mais enxuta e menos arriscada, após desastres financeiros que incluíram um golpe de US$ 5,1 bilhões em 2021 do cliente Archegos Capital Management.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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