As ações do Credit Suisse (C1SU34) subiram mais de 7% na Bolsa de Nova York na manhã desta segunda (5), após a divulgação das informações de que Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, estuda investir US$ 500 milhões no banco.
De acordo com os informações publicadas pelo The Wall Street Journal, os recursos seriam alocados na divisão do banco de investimentos da empresa suíça, e a operação também pode contar com outros investidores, como uma empresa de private equity dos Estados Unidos. Assim, todos os aportes desse grupo chegariam à marca de US$ 1 bilhão ou até mais.
Após os escândalos e as perdas no mercado, o Credit Suisse está desmembrando o banco de investimentos com sede em Nova York como parte de sua estratégia de reposicionamento junto ao mercado. Esse investimento saudita pode criar um impulso de confiança na reestruturação do banco.
O Saudi National Bank (SNB) conta com outros aportes bilionários na instituição suíça, o que fará com que o grupo saudita seja o maior acionista do banco internacional. O príncipe Mohammed é presidente do fundo soberano do país, um dos principais proprietários dos patrimônios do SNB.
Na semana passada, Axel Lehmann, presidente do Credit Suisse, disse que a instituição receberia US$ 500 milhões de um investidor não nomeado e que, além desse aporte, outros compromissos já estavam firmados. Segundo a publicação, o Credit Suisse não recebeu uma proposta formal de nenhuma entidade saudita.
Credit Suisse: Novo começo
A separação do braço de investimentos do Credit Suisse pode levar cerca de dois anos para ser completamente finalizada. O projeto afastaria essa área dos escândalos do banco-mãe e também faria com que o setor de investimentos tivesse um balanço próprio.
Nesta segunda, o banco anunciou ao mercado que concluiu a emissão de US$ 5 bilhões em novas dívidas, como parte do plano para fortalecer seu balanço. Além disso, após a divulgação dos resultados do quatro trimestre de 2022, a instituição pretende divulgar um plano de financiamento atualizado para o próximo ano.
Segundo o Status Invest, por volta das 13h50, as BDRs do Credit Suisse operavam em alta de 7,71%, pelo preço de R$ 9,50. Nos últimos doze meses, o papel derreteu 66,83%.
Notícias Relacionadas