Em relatório gerencial de abril divulgado pelo CPTS11, o fundo imobiliário destacou o seu pagamento de dividendos no valor de R$ 0,81 por cota, valor que representa 137,40% do CDI, já descontado o imposto de renda com alíquota de 15%.
Com esse pagamento, os dividendos do CPTS11 acumulados nos últimos 12 meses são de R$ 10,30, o que corresponde a uma média de R$ 0,88 por cota ao mês, ou uma rentabilidade de 9,64% do CDI equivalente no mesmo período.
O comparativo com o CDI é calculado com base no retorno mensal do CDI líquido, ou seja, já considerando os 15% de imposto de renda sobre a cota patrimonial do CPTS11.
Em relação a sua cotação atual de mercado nesta segunda-feira (29), os rendimentos do CPTS11 somados no intervalo de 1 ano representam um dividend yield de 12,66%, segundo o portal Status Invest.
Apesar de ter pagado em maio o maior valor em proventos desde novembro de 2022, a quantia está abaixo da média mensal dos últimos 12 meses. Além disso, os proventos do CPTS11 somam R$ 3,61 em 2023, cerca de 34% abaixo dos rendimentos distribuídos nos 5 primeiros meses do ano passado, que foram de R$ 5,48 por cota.
Quais são as estratégias do CPTS11?
O IFIX teve alta de 3,52% em abril e de 1,61% em 12 meses, abaixo da inflação, que foi positiva em 4,2%. Nesse cenário, os fundos de tijolo tiveram uma melhor performance que os fundos de papel, com rentabilidades de 7,28% e -3,10%, respectivamente.
Em abril, a carteira de recebíveis do FII CPTS11 teve sua marcação a mercado com impacto positivo no período devido ao fechamento da curva de juros no mês. Já o mercado secundário de CRIs tem registrado uma baixa liquidez e poucas emissões, em meio a alta nos títulos públicos, dificultando a negociação de papéis que investidores têm em estoque, inibindo novas emissões.
Quanto ao mercado de FIIs, a gestão vê um descompasso entre os preços dos fundos imobiliários e a economia real. Assim, no intuito de destravar valor em posições com participação relevante, o CPTS11 está convocando assembleias em alguns fundos para ser feita a prospecção de possíveis compradores para os ativos dos fundos.
A gestão do fundo imobiliário CPTS11 quer manter a estratégia high grade e a reciclagem do portfólio e acredita ter uma carteira resiliente o suficiente para passar por este momento aumento substancial nos casos de default e pedidos de carência sem percalços.
O foco atual da gestão do CPTS11 continua sendo aumentar a taxa média de compra dos papéis com a reciclagem da carteira em operações de mesmo perfil de crédito high grade a taxas mais elevadas, acompanhando a abertura da curva de juros.