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CPTS11: rendimentos do fundo imobiliário caem em dezembro. Gestora explica o que aconteceu

Fundos imobiliários: fundo imobiliário MALL11

Fundos imobiliários - Foto: Pixabay

Em relatório gerencial divulgado nesta terça-feira (13), o fundo imobiliário Capitânia Securities II (CPTS11) explicou os motivos para a queda dos rendimentos no mês de dezembro. O FII anunciou o pagamento de dividendos de R$ 0,37 por cota. Este é o menor rendimento histórico do fundo.

Os dividendos do CPTS11, relativos ao mês de novembro, serão pagos em 19 de dezembro. A data base considerada foi o dia 12 de dezembro.

Os proventos do CPTS11, de R$ 0.37 por cota, representam 52% do CDI (CDI equivalente, descontado Imposto de Renda com alíquota de 15%).

Em novembro, o fundo imobiliário teve uma rentabilidade de -6.58%, inferior à rentabilidade do IFIX, que recuou -4.15% no mesmo período.

Gestora do CPTS11 sobre o resultado mensal fala sobre incertezas

Segundo a gestora, no mês foi observada uma queda generalizada dos ativos de riscos. Além dos FIIs, a bolsa de valores também performou negativamente e os juros futuros aumentaram.

A gestora explica que o principal fator que favoreceu para esse aumento do prêmio de risco foi a maior incerteza sobre a política fiscal do governo eleito.

“Além do aspecto macro, percebemos que a recente performance negativa do CPTS11 o deixou consideravelmente descontado em relação à avaliação média histórica, em função, acreditamos, do aumento do prêmio de risco visto em todo o mercado, mas também com uma expectativa negativa em relação à entrega de rendimentos do fundo no curto prazo”, comenta.

Justificativa sobre os dividendos de novembro

A gestora do CPTS11 argumenta “que não houve qualquer tipo de evento creditício, renegociação ou descumprimento na carteira do fundo, que segue saudável e com retorno competitivo”.

Conforme a gestora, em novembro, diante da expressiva abertura das NTNBs e a queda dos fundos imobiliários, praticamente se tornou inviável esta componente de ganhos de capital (FII e CRI), “justamente em um momento em que o carrego da carteira ainda é baixo”.

Além disso, como o CPTS11 não realiza mais emissões, a gestora comenta que a reciclagem da carteira se dá via giro. O fundo argumenta que isso implica em alguns casos na venda de CRIs a taxas piores que as taxas de aquisição.

Isso faz com que o fundo tenha um “prejuízo caixa” momentâneo para que o FII possa comprar ativos de mesmas características a taxas melhores.

“Mas por que fazemos isto? Acreditamos que o papel do gestor é sempre olhar um horizonte de investimento maior e se adequar à realidade do momento. Deixar de fazer o que é certo em função do dividendo de um mês não nos parece uma escolha correta”, justifica a gestora.

“Hipoteticamente, por que não vender um CRI com risco ‘x’ a IPCA + 7,0% (mesmo tendo comprado a IPCA + 6,0%) e reconhecer um prejuízo para comprar um outro CRI também com risco ‘x’, a IPCA + 8,0%, e se beneficiar no futuro? Apenas como parâmetro, desde a última emissão do fundo (em maio de 2022) elevamos a taxa ponderada de aquisição de IPCA + 6,4% a.a. para IPCA + 6,6% a.a., basicamente com o giro da própria carteira. E assim continuaremos”, complementa a gestora do CPTS11.

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