CPI do BNDES quer explicações de Joaquim Levy sobre caixa-preta
A CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer explicações de Joaquim Levy sobre a caixa-preta dos empréstimos internacionais do banco. A convocação do ex-presidente do BNDES será apresentada na segunda-feira (17) pelo Podemos.
“Agora é o momento para ele explicar por que não abriu a caixa preta do BNDES. A missão dele era mostrar os empréstimos internacionais, para países da América e da África, para a JBS também”, disse José Nelto, líder do Podemos-GO.
A CPI irá investigar irregularidades em empréstimos do banco entre os anos de 2003 e 2015. O ex-ministro Antonio Palocci também prestará esclarecimentos.
“Essa ascensão da JBS é igual jabuti. Não subiu sozinho na árvore, alguém colocou lá. Queremos saber quem colocou. E vamos ouvir o Levy para ele dar essas explicações. É crucial para a investigação ele ir e dar esclarecimentos sobre o uso do recurso público”, ressaltou José Nelto.
Antes de assumir a presidência do BNDES, Levy foi secretário do Tesouro Nacional do governo Lula e ministro da Fazenda de Dilma Rousseff. Em 2000, ele foi secretário-adjunto na Secretaria de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda do governo Fernando Henrique Cardoso.
Demissão de Joaquim Levy
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu demissão do cargo. O pedido foi entregue ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e anunciado na manhã deste domingo (16).
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“Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda”, disse Levy em um trecho da nota divulgada.
Mudanças no BNDES após a saída de Levy
O governo cogita mudanças para o BNDES após a saída de Joaquim Levy da presidência. Uma das possibilidades é que o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do ministério da Economia, Salim Mattar, assuma a instituição.
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Segundo as informações divulgadas pelo jornal Estado de S. Paulo, parte das atribuições da secretaria seriam transferidas ao BNDES caso Mattar assumisse a presidência do banco.