CPFL (CPFE3) leva 66,08% da CEEE-T em leilão de privatização por R$ 2,67 bi
A Cone Sul, subsidiária da CPFL Energia (CPFE3), adquiriu nesta sexta-feira (16) em leilão realizado na Bolsa de Valores de São Palo (B3) 66,08% do capital social total da Companhia Estatual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T), do Rio Grande do Sul, por R$ 2,67 bilhões.
No viva-voz, a CPFL sagrou-se vencedora no concorrido leilão de privatização da CEEE-T ao oferecer um ágio de 57,1% frente ao preço mínimo de R$ 1,699 bilhões. A CPFL comprou 67,12% das ações ordinárias e 0,72% das preferenciais da companhia.
“A alta concorrência, que fez a própria CPFL aumentar em 2,6% sua oferta durante o leilão pressiona ainda mais as taxas reais de retorno para a companhia, que seguindo os nossos cálculos, são de 5,07% desconsiderando sinergias com RGE Sul, 7 subestações, 6 linhas de transmissão e a operação de PCHs, UHEs e Parques eólicos que a companhia possui no Estado do Rio Grande do Sul,” salientou Ilan Arbetman, analista de research da Ativa Investimentos.
As operações podem elevar “relevantemente” o retorno para a companhia, avaliou o especialista, dada a presença no estado e possibilidade de fazer incorrer em economias com despesas como pessoal e logística.
“Com uma posição de alavancagem em 2,0x Ebitda e um caixa superior a R$ 4,5 bilhões, acreditamos que a companhia poderia até mesmo arrematar o valor comprometido sem emitir dívidas, o que entretanto, pode ser feito visando a melhoria dos financials após a incorporação de 2/3 da CEEE-T,” escreveu Ilan Arbetman.
A operação ainda deverá ser submetida ao escrutínio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A homologação do resultado do leilão e a adjudicação do objeto estão previstas para ocorrer até 26 de agosto de 2021.
Última cotação de CPFL (CPFE3)
Por volta das 14h45, a ação da CPFL Energia (CPFE3) operava em queda de 0,48%, a R$ 26,80. O Ibovespa, índice de referência da B3, caia 0,43%, para 126.915,13 pontos.