O lucro líquido da CPFL Energia (CPFE3) aumentou 20,9% no primeiro trimestre de 2021 (1T22), para R$ 1,16 bilhão, de acordo balanço divulgado pela companhia nesta quinta-feira (12).
O lucro líquido da CPFL reflete a expansão do Ebitda, decorrente principalmente do desempenho do segmento de distribuição, parcialmente compensado pela maior despesa financeira líquida.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 2,643 bilhões entre janeiro e março, alta de 34,4% na base anual.
A receita operacional líquida da CPFL também aumentou, em 7,6%, para R$ 8,2 bilhões de um ano para o outro.
De janeiro a março, a dívida líquida da companhia alcançou R$ 21,18 bilhões, alta de 40,3%. A alavancagem medida pela dívida líquida/Ebitda ficou em 2,03x, em linha com o mesmo período do ano passado.
Já os investimentos da CPFL no primeiro trimestre somaram R$ 1,212 bilhão, crescimento de 74,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
No 1T22, a despesa financeira líquida da CPFL foi de R$ 542 milhões, um aumento de 348,1% na comparação com o 1T21. A empresa diz que os motivos desse crescimento foram:
- Aumento de 215,1% (R$ 481 milhões) nas despesas com a dívida líquida (encargos de dívidas, líquidos das rendas de aplicações financeiras), reflexo principalmente do aumento do CDI no período;
- Variação negativa de R$ 45 milhões nas demais receitas/despesas financeiras;
- Redução de 17,7% (R$ 26 milhões) em acréscimos e multas moratórias, com a substituição do IGP-M pelo IPCA como índice de atualização monetária nas faturas emitidas a partir de 01/06/2021, conforme determinação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Foram parcialmente compensados por uma variação positiva de R$ 117 milhões nas atualizações do ativo e passivo financeiro setorial e por variação positiva de R$ 13 milhões na marcação a mercado (efeito não caixa).
Impacto da CPFL Transmissão
De acordo com o balanço da CPFL, um dos destaques do primeiro trimestre foi a compra da CPFL Transmissão com a consolidação dos números após a aquisição, em outubro.
Os principais efeitos foram:
- R$ 330 milhões na receita operacional bruta, representando um aumento de 2,6% no trimestre;
- R$ 251 milhões na receita operacional líquida (ex-receita de construção), representando um aumento de 3,3% no trimestre;
- R$ 127 milhões no PMSO, representando um aumento de 16,8% no trimestre;
- R$ 121 milhões no Ebitda, representando um aumento de 6,2% no trimestre;
- R$ 111 milhões de receita financeira líquida, abatendo a variação do resultado financeiro em 91,4% no trimestre;
- R$ 136 milhões no Lucro Líquido, representando um aumento de 14,2% no trimestre.
“Esses valores são para efeitos de consolidação da CPFL Transmissão no grupo CPFL Energia no 1T22, ou seja, já refletem os efeitos da combinação de negócios”, afirma a empresa.
Última cotação
A ação da CPFL Energia fechou em alta de 1,68% nesta quinta-feira (12), a R$ 33,92. No acumulado do ano, ganhou 31,07%.