Pandemia da Covid-19 acabou? OMS decreta fim da emergência sanitária global sobre vírus
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o estado de emergência de saúde global por causa da Covid-19 está encerrado, mais de três anos após seu início, decretado em 30 de janeiro de 2020. Segundo o comunicado divulgado nesta sexta (5), o vírus seguirá com status de pandemia, de forma similar ao que ocorre com o HIV.
“Com grande esperança, declaro a Covid-19 encerrada como uma emergência de saúde global. No entanto, isso não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global”, explicou Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.
Este vírus veio para ficar. Ainda está matando e está mudando. Permanece o risco do surgimento de novas variantes que provocam novos surtos de casos e mortes.
A decisão da OMS é um marco na evolução de como os seres humanos lidarão com o novo coronavírus agora. Em entrevista ao The New York Times, K. Srintath Reddy, profissional que liderou a Fundação de Saúde Pública da Índia durante a pandemia, afirmou que o anúncio da OMS foi apropriado, tendo em vista os altos níveis globais de imunidade à Covid.
“Já não possui o mesmo nível de perigo. A Covid atingiu um nível de equilíbrio, um certo tipo de coexistência com o hospedeiro humano”, ressaltou o profissional.
Covid-19 no mundo e no Brasil
Segundo os números divulgados pela OMS nesta semana, mais de 6,9 milhões de pessoas morreram desde o início da pandemia da Covid-19 em todo o mundo. Além disso, mais de 765 milhões de casos foram confirmados oficialmente. No entanto, a própria organização e pesquisadores independentes afirmam que esses números são subestimados.
Na coletiva de imprensa, o diretor da OMS reforçou que a doença segue ativa: “Enquanto falamos, milhares de pessoas em todo o mundo estão lutando por suas vidas em unidades de terapia intensiva. E outros milhões continuam a viver com os efeitos debilitantes do pós-Covid”.
No Brasil, segundo os dados do Ministério da Saúde no Painel Coronavírus, desde o início da pandemia da Covid-19 foram confirmados 37,4 milhões de casos, com 701 mil mortes.