Covid-19: Variante XE pode ser a mais contagiosa, apontam dados iniciais da OMS
Uma nova variante do coronavírus foi identificada no Reino Unido nesta semana e renovou a atenção do mundo com a possibilidade de nova onda de disseminação da covid-19. A nova variante XE é classificada como uma variante recombinante, uma vez que reúne material genético de duas outras cepas da ômicron, a BA.1 e BA.2.
Ainda que especialistas defendam que não há, até o momento, motivo para pânico, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a XE pode ser a mais contagiosa já vista e dados preliminares apontam que a variante se espalhe cerca de 10% mais rápido que a BA.2.
Contudo, a entidade defende que são necessários novos estudos a fim de confirmar estes dados. “A variante XE pertence ao grupo da Ômicron até que diferenças significativas em transmissão e características dos sintomas, incluindo severidade, sejam reportadas”, anunciou.
Segundo relatório, entre o fim de janeiro e início de março deste ano houve uma diminuição no número global de novos casos de covid-19. A tendência, entretanto, se reverteu durante as duas semanas seguintes, mas voltou a cair no fim de março.
Atualmente, novos casos de covid-19 concentram-se na Coreia do Sul (2,4 milhões de novos casos), Alemanha (1,5 milhão), Vietnã (1,1 milhão) e França (845,1 mil).
Novos óbitos pela covid-19 foram registrados principalmente no Chile (11,8 mil novas mortes), Estados Unidos (5,4 mil), India (4,5 mil), Rússia (2,9 mil) e Coreia do Sul (2,4 mil).
China reforça quarentena com política de ‘Covid Zero’
Em Xangai, na China, cerca de 26,3 milhões de habitantes devem fazer testes para diagnóstico da covid-19 após o maior surto do novo coronavírus em dois anos no país reativar as medidas restritivas para controle da doença.
O lockdown, previsto para acabar hoje, foi prorrogado por mais dez dias em algumas regiões da cidade e os residentes seguem confinados em suas casas. A medida teve impacto nos principais índices acionários da região e fez arrefecer a pressão altista sobre o preço do petróleo.
Até o momento, essa foi a maior resposta do governo chinês a um surto de covid-19 no país.