Cientistas alertaram que a variante indiana da Covid-19 pode se tornar dominante no Reino Unido em poucos dias, após perceberem um rápido crescimento do número de infectados com a B.1.617 no país. As informações são da CNBC.
A cepa, detectada pela primeira vez no país asiático em outubro do ano passado, é responsável pelo crescimento do números das infecções na Índia e em seus países vizinhos. A mutação teria dobrado sua presença no Reino Unido em cerca de uma semana – mais especificamente, o vírus da Covid-19 que vem avançando no Reino Unido trata-se da B.1.617.2, apresentando já diferenças da cepa indiana original.
Nesta semana, foram identificados 2.323 casos da B.1.617.2, segundo a Secretária de Saúde britânica. Na última terça-feira (11), eram 1.313. A variante da Covid-19 estaria, de acordo com autoridades, avançando em todas as faixas etárias, mas as hospitalizações estão estáveis.
O principal problema está concentrado na região norte do país, em cidades como Bolton e Blackburn. 86 munícipios já registram cinco ou mais casos da cepa indiana.
Autoridades já estudam medidas para conter avanço da nova cepa da Covid-19
Para conter o avanço da nova cepa da Covid-19, as autoridades britânicas estão reforçando as campanhas de vacinação nas regiões onde a variante é localizada. Há o temor, por parte da comunidade científica, de que a cepa indiana acelere as transmissões, que estão atualmente controladas no país, uma vez que os primeiros estudos sugerem que a mutação é mais transmissível.
O aumento da presença da variante indiana gera ainda temor sobre o fim de todas as restrições sociais, previsto para acontecer no dia 21 de junho.
Até agora, as vacinas contra covid-19 utilizadas no país aparentam ser eficazes contra a nova mutação. Especialistas apontam, porém, que sobre a nova cepa há “muita coisa que se sabe e muita coisa que não se sabe”.
Um grupo de especialistas comentou no British Medical Journal nesta segunda-feira (17) que se sabe que a B.1.617.2 parece estar se espalhando de forma mais rápida e que está se estabelecendo em várias áreas do país. Não se sabe, porém, o porquê de a transmissão ser mais veloz ou como a variante da Covid-19 impacta as vacinas.
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