A fabricante de cosméticos Coty estaria estudando a venda de sua divisão de produtos destinados a cabelos e unhas. Entre elas, as marcas Wella e Clairol. O objetivo dessa negociação é reduzir o alto endividamento e a simplificação da estrutura da companhia após problemas registrados nos últimos meses. A informação foi divulgada pelo jornal britânico “Financial Times” desta segunda-feira (21).
A Coty já teria contratado o banco Credit Suisse para coordenar a venda da parte da empresa. A companhia, que deverá registrar uma receita de US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 11,18 bilhões) neste ano, atua em salões profissionais de beleza.
A empresa colocou à venda diversas marcas, como: a Good Hair Day (ou GHD) e a OPI, voltada para produtos para unhas. Além disso, a Coty venderá a unidade brasileira e concluir as negociações durante 2020.
Expectativa da Coty é arrecadar de US$ 8 bi a US$ 9 bi
Segundo o Financial Times, a empresa pretende levantar, no mínimo, entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões. A Coty acredita que despertará o interesse de companhias rivais do mesmo setor ou de firmas de private equity, visando a compra de partes ou todas as operações. Ainda segundo o jornal, a Coty não comentou as informações.
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A venda é parte das tentativas da JAB Holdings, que detém a maior parte do capital da Coty, para reagir ao péssimo desempenho da empresa, que registra um dos piores desempenhos na carteira de investimentos da JAB. A Coty falhou na integração de marcas de produtos de beleza adquiridas da Procter & Gamble por US$ 12,5 bilhões, tendo baixa de 25% do valor.
Os recursos da venda serão utilizados pela Coty para reduzir a relação entre a dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 5 para 3. O restante dos recursos serão devolvidos aos acionistas, o que inclui a JAB Holdings.