Dólar cai a R$ 5,29, após repercussão das decisões do Copom
O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (4), no segmento à vista em meio à percepção de que o Copom poderá parar de subir a Selic em setembro, após elevar o juro em 50 pontos-base, a 13,75% ao ano na noite desta quarta-feira (3).
No entanto, passou a cair, puxado pela queda no preço do dólar futuro de setembro em linha com a tendência de desvalorização da moeda americana no exterior ante pares principais e divisas emergentes e ligadas a commodities.
A cotação do dólar opera em queda de 0,71%, a R$ 5,293, por volta das 11h.
Os investidores ajustam posições de olho na reação da libra esterlina, que acentuou perdas ante o valor do dólar, ajudando a impulsionar a Bolsa de Londres, em meio à coletiva de imprensa com o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, sobre a decisão de política monetária desta manhã. Bailey comentou que o aumento de juros de 50 pontos-base de hoje – o maior em 27 anos no país – “não significa que isso se tornará comum”.
A alta de 50 pontos-base do juro pelo Banco da Inglaterra, a 1,75%, se deu por conta de pressões inflacionárias de curto prazo “significativamente” maiores, mas não significa que a entidade se moveu para um “caminho predeterminado” de subir os juros em meio ponto porcentual por reunião, segundo Andrew Bailey.
Em coletiva de imprensa após a decisão, o dirigente preferiu manter “todas as opções” abertas para a próxima reunião monetária do BoE, em setembro, repercutindo entre os investidores do dólar hoje.
Bailey ressaltou, ainda, que as pressões inflacionárias mais fortes, puxadas pelo aumento no custo da energia, devem piorar a condição da renda real no Reino Unido e, desta forma, puxar o Produto Interno Bruto (PIB) junto. O BoE prevê que a economia do Reino Unido poderá entrar em recessão no 4º trimestre.
Última cotação do dólar
O dólar encerrou a sessão de ontem (3) em alta de 0,12%, cotado a R$ 5,329 registrando sua quarta alta diária consecutiva.
(Com informações de Estadão Conteúdo)