A Cosan (CSAN3) estaria negociando a compra de ações do Previ na Vale (VALE3). A informação foi divulgada no último domingo (17) pelo jornalista de “O Globo”, Lauro Jardim.
Segundo Jardim, desde outubro de 2018, Rubens Ometto, dono da Cosan, tem negociado com o Previ para comprar sua fatia na Litel. O desastre de Brumadinho teria ocorrido no meio dessa negociação.
O Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) é proprietário de 80% da Litel, que, por sua vez, possui 21% da Vale.
A Cosan é uma das maiores empresas do Brasil, com investimentos em setores estratégicos. Dentre os destaques estão: agronegócio, distribuição de combustíveis e de gás natural, lubrificantes e logística.
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Cosan nega negociação
A Cosan divulgou comunicado no domingo (17) negando a negociação com o Previ sobre a compra da participação na Vale.
“A companhia esclarece que, apesar de constantemente analisar oportunidades de novos investimentos, e manter contato com diversos participantes do mercado, não há qualquer tipo de tratativa ou negociação em curso com a Previ ou seus fundos a respeito da Vale”, informou a Cosan.
Em outro comunicado, a Litel divulgou uma carta da Previ também negando a negociação.
“A Previ nega que exista negociação em andamento com o Sr. Rubens Ometo ou qualquer outro terceiro e reitera que preza pela relação de transparência entre os acionistas e a companhia e continuará a se pautar pela boa fé, cumprindo diligentemente, e orientando o BB Carteira Ativa Fundo de Investimento em Ações que assim proceda, as disposições do estatuto social da Litel e observando, no que lhe for aplicável, as regras do acordo de acionistas da Vale”, indica a carta.
O desastre de Brumadinho
A Barragem 1 de rejeitos da mina de Córrego do Feijão estourou no dia 25 de janeiro. A mina, localizada na área metropolitana de Belo Horizonte, é de propriedade da Vale.
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Segundo o Corpo de Bombeiros, ao menos 166 pessoas morreram e 144 estão desaparecidas.
O acidente gerou uma avalanche de lama, que liberou em torno de 13 milhões de metros cúbicos (m³) de rejeitos. A lama destruiu parte do centro administrativo da empresa em Brumadinho, e arrastou casas e até uma ponte.
A barragem rompida faz parte do complexo de Paraopeba. A mina é responsável por 7,3 milhões de toneladas de minério de ferro do terceiro trimestre de 2018. O volume corresponde a 6,2% da produção total da mineradora.
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A Vale informou em nota o início de uma sindicância interna para apurar as causas do rompimento da barragem. “Os resultados preliminares foram compartilhados hoje com as autoridades federais e estaduais que estão acompanhando o caso”, informou a mineradora no documento.
Segundo desastre da Vale
Esse é o segundo desastre com barragem em que a Vale se envolve em três anos. Em 2015 ocorreu a tragédia de Mariana, com o rompimento da barragem da Samarco. Naquele desastre morreram 19 pessoas e a lama destruiu centenas de casas e construções.
A Samarco é controlada pela Vale e pela mineradora anglo-australiana BHP Billiton, cada uma com 50% das ações. As duas empresas produtoras de minério de ferro se tornaram alvo de ações na Justiça por conta do desastre. As pessoas afetadas ainda esperam por reparação.
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Cosan cresce 25,6% em 2018
A Cosan (CSAN3) apresentou lucro líquido de R$ 1,652 bilhão em 2018, com alta de 25,6% sobre 2017. O balanço da empresa foi divulgado na última sexta-feira (15).
Por sua vez, a receita líquida cresceu 34,3% no ano passado, somando R$ 10,3 bilhões entre janeiro e dezembro.
No quarto trimestre de 2018, o lucro líquido da foi de R$ 1,327 bilhão. A alta, ante o mesmo período do ano anterior, foi de 93,3% em relação aos R$ 686,4 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização da Cosan, no período de outubro a dezembro de 2018, atingiu R$ 2,237 bilhões, alta 2,1% ante o trimestre final de 2017.
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