A Cosan (CSAN3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 265,5 milhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 50% ante o mesmo período de 2021. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, porém, houve alta, pois o lucro líquido ajustado havia sido de R$ 53,6 milhões de abril a junho. As informações são do resultado financeiro, divulgado nesta sexta-feira (11).
Um dos fatores que influenciaram no resultado da Cosan no 3T22 foi o aumento das despesas no período.
A Cosan avalia ainda que esse desempenho se deu em razão do impacto dos efeitos extraordinários no período comparativo, além da queda do resultado da Raízen (RAIZ4), só parcialmente compensado pelo resultado dos demais negócios do grupo.
O balanço da Cosan também apurou prejuízo líquido contábil de R$ 201,9 milhões no terceiro trimestre, enquanto no mesmo período do ano passado a Cosan tinha registrado lucro de R$ 3,265 bilhões. Já em relação ao segundo trimestre de 2022, o prejuízo aumentou 61%.
A receita líquida da Cosan foi de R$ 43,7 bilhões no terceiro trimestre de 2022, montante 41% maior que o registrado entre os meses de julho e setembro do ano passado.
O resultado financeiro da empresa que controla a Raízen, Rumo (RAIL4), Compass (PASS3) e Moove foi negativo em R$ 2,17 bilhões, alta de 63,5% na comparação com igual etapa em 2021.
Enquanto isso, as despesas gerais e administrativas da Cosan cresceram 42%, alcançando a marca de R$ 1,9 bilhão no 3T22.
O Ebtida ajustado da Cosan, ou seja, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, totalizou R$ 4,1 bilhões, com expansão de 19% em relação ao 3T21.
Essa alta foi impulsionada pelo resultado recorde da Rumo, que refletiu o crescimento dos volumes transportados e da tarifa média, assim como pelas consolidações PetroChoice na Moove e da Commit na Compass.
Outros indicadores do balanço da Cosan no 3T22
A alavancagem da empresa terminou o 3T22 em 3,1 vezes, resultado da divisão entre a dívida líquida e o Ebitda da Cosan, registrando avanço de 1 vez na comparação com o mesmo período de 2021.
Uma das razões que motivaram o aumento da alavancagem da Cosan foi o crescimento da dívida líquida da Raízen, que reflete o consumo de caixa operacional da empresa para gerar estoques de início de safra.
Em relação ao 2T22, o acréscimo é de 0,6x, refletindo alguns efeitos não-recorrentes registrados na Cosan Corporativo, vindos do IPO da Raízen e também da compra da Biosev no terceiro trimestre do ano passado, sendo parcialmente compensado pelo crescimento do resultado dos outros negócios do portfólio.
Além disso, a geração de caixa para acionistas (FCFE) caiu 17% no 3T22, totalizando R$ 6,9 bilhões, refletindo “a captação do empréstimo ponte de R$ 8 bilhões utilizado na compra das ações da Vale”, explica o relatório de resultados da Cosan. Esse montante era de R$ 8,3 bilhões no terceiro trimestre de 2021.
Esse número reflete a integralização dos recursos da oferta pública de ações da Raízen e a integralização da captação de recursos privados na Compass, ambos acontecendo no ano passado.
Cotação da Cosan nesta sexta (11)
As ações da Cosan, negociadas pelo ticker CSAN3, fecharam em alta de 4,26% nesta sexta-feira (11), a R$ 18,10, mas acumularam um desempenho semanal negativo de 3,21%.