Cosan (CSAN3) faz mudanças na diretoria; o que dizem os analistas?
Nesta segunda-feira (21), a Cosan (CSAN3) anunciou mudanças na sua diretoria e também nas diretorias de suas subsidiárias. Confira a seguir as principais mudanças, bem como a avaliação de analistas sobre os movimentos.
Marcelo Eduardo Martins substituirá Nelson Gomes como CEO da Cosan. Martins já atuou como CFO da companhia e atualmente é diretor de estratégia da empresa.
“Não prevemos nenhuma disrupção decorrente da mudança na administração da Cosan. Em sua, consideramos a mudança neutra para as ações CSAN3“, escreve a XP em relatório.
Nelson Gomes deixará o cargo de presidente da Cosan e assumirá o cargo de CEO da Raízen (RAIZ4), substituindo Ricardo Mussa. Além disso, Rafael Bergman, ex-CFO da Rumo (RAIL3), passa a ser CFO da Raízen.
“As ações da Raízen tiveram um desempenho significativamente negativo este ano, com uma queda de quase 30% no acumulado do ano. Dessa forma, acreditamos que as mudanças recentemente anunciadas na administração provavelmente serão vistas de forma positiva pelos investidores e poderão reacender o interesse no caso de investimento da empresa”, diz a XP.
A casa, contudo, chama a atenção para o fato de que a nova equipe de gestão precisará estabelecer um novo histórico dentro da empresa e abordar efetivamente essas preocupações antes que os investidores se tornem mais otimistas em relação às ações RAIZ4.
Por fim, no caso da Rumo, Guilherme Machado substituirá Rafael Bergman como CFO. Machado está no Grupo Cosan desde 2009, e desde o início do ano, vinha atuando como CFO da Compass.
“Vemos esse anúncio como neutro para a Rumo por três motivos: rotações de executivos dentro do grupo Cosan são comuns e geralmente bem vistas; embora reconheçamos o forte histórico do Sr. Bergman, vemos o Sr. Machado como uma escolha positiva para a Rumo, dada sua experiência anterior com a empresa e seu extenso histórico como CFO; e não esperamos nenhuma mudança na estratégia operacional ou nos planos de investimento da Rumo”, explica a XP.
Tais mudanças se tornarão efetivas a partir do dia 1° de novembro. De acordo com o Goldman Sachs, os anúncios surpreendem pela magnitude das mudanças em todo o grupo, especialmente considerando que a alta administração da Cosan havia sido alterada há menos de um ano. A casa mantém recomendação neutra para as ações.