Cosan (CSAN3): tem lucro de R$ 531,0 mi no 3T21, alta de 6,5%, com retomada da demanda
A lucro líquido ajustado da Cosan (CSAN3) no terceiro trimestre chegou a R$ 531,0 milhões, um aumento de 6,5%, informou a companhia nesta sexta (12).
O lucro líquido do trimestre, considerando todos os efeitos extraordinários, alcançou R$ 3,3 bilhões, maior resultado líquido da história da holding. Foi impactado pelos ganhos líquidos sobre os efeitos do IPO da Raízen (RAIZ4). e da incorporação da Biosev, além dos segmentos de Renováveis e Açúcar e Marketing & Serviços.
O resultado é reflexo, principalmente, da melhor performance operacional da Raízen, impulsionada pelo segmento de Renováveis, e da Compass, evidenciando, segundo a empresa, a retomada da atividade econômica. Estes efeitos foram parcialmente compensados pelo cenário mais desafiador enfrentado pela Rumo (RAIL3), em decorrência da quebra de safra do milho, e pelo aumento nas despesas financeiras no trimestre.
“O controle da pandemia por meio da vacinação permitiu a aceleração da tendência de recuperação gradual da atividade econômica e, desta forma, alavancou o consumo dos mais diversos segmentos, permitindo ao nosso portfólio que entregasse resultado recorde no trimestre”, destacou Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi recorde para período, alcançou R$ 3,4 bilhões, um crescimento de 6,7% ante o ano passado.
De acordo com o balanço da Cosan, a receita líquida da holding expandiu 59% no terceiro trimestre, totalizando R$ 31,02 bilhões.
Em seu relatório de resultados, a companhia disse que para proporcionar comparabilidade dos resultados em relação aos períodos anteriores apresentou informações financeiras consolidadas em base proforma, isto é, consolidação de 100% dos resultados das controladas diretas e 50% do resultado da cocontrolada Raízen S.A., também em base proforma, incluindo os resultados da Biosev pela Raízen.
A receita operacional líquida ficou em R$ 31,016 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 59% ante o mesmo período do ano passado e avanço de R$ 23% na comparação com o segundo trimestre.
A geração de caixa líquido para o acionista (FCFE) totalizou R$ 8,3 bilhões, dez vezes maior, devido principalmente à integralização dos recursos do IPO da Raízen e da captação privada na Compass. Como consequência, a alavancagem (medida pela relação dívida líquida/EBITDA) reduziu para 2,1x no período, de 2,8x em junho. A dívida líquida totalizou R$ 28,610 bilhões em setembro, alta de 2,2% ante junho.
Na Raízen, o segmento Renováveis somou Ebitda ajustado da R$ 1,8 bilhão, 63% superior ao ano passado, em razão dos melhores preços de etanol. A área de açúcar teve Ebitda ajustado de R$ 603 milhões, uma contração de 21% dada a queda na na produção e venda de açúcar no trimestre. Em Marketing & Serviços a joint venture entre Shell (RDSA34) e a Cosan registrou Ebitda ajustado de R$ 917 milhões, praticamente estável em relação a 2020, refletindo a retomada da demanda por combustíveis no Brasil e na Argentina.
O Ebitda da Compass cresceu 35% no trimestre, a R$ 871 milhões, sustentado pela expansão no volume de gás natural distribuído pela Comgás. A Moove apresentou Ebitda de R$ 157 milhões, uma diminuição de 12% devido à redução no volume vendido. A Rumo (RAIL3) teve Ebitda ajustado 19% menor, chegando a R$ 903 milhões, em virtude do menor volume transportado, decorrente da quebra de safra do milho.
Cotação da Cosan (CSAN3) nesta sexta-feira
No fechamento, a ação da Cosan (CSAN3) registrou queda de 3,43%, para R$ 21,11.
Com Agência Estado