A Mirae Asset comunicou nesta terça-feira (1) mudanças em sua carteira recomendada mensal. Para o mês de dezembro, a gestora retirou as indicações de Romi (ROMI3), Localiza (RENT3) e MRV (MRVE3), para incluir Cosan (CSAN3), Duratex (DTEX3) e Klabin (KLBN11).
A Mirae informou que, em geral, os segmentos de atuação da Cosan registraram uma contração em relação a 2019, porém ainda com um aumento expressivo na base trimestral. No último terceiro, a receita líquida consolidada da companhia ficou em R$ 17,551 bilhões, uma queda de 7% ante trimestre anterior, mas acima da expectativa.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado anotou um crescimento de 9% entre os meses de julho e setembro, também acima das projeções, “decorrente do melhor Ebitda na Raizen Energia, Raízen Combustíveis, Comgás e principalmente na Moove, e da melhor eficiência operacional da empresas”, salientou a gestora.
O lucro líquido consolidado foi de R$ 304,0 milhões, um recuo de 63% em relação ao terceiro trimestre de 2019, impactado pelo resultado financeiro e marcação a mercado das ações da Rumo (RAIL3).
A alavancagem, medida pela dívida líquida por Ebitda , da Cosan ficou em 2,7 vezes no terceiro trimestre contra 2,4 vezes nos três meses anteriores.
Duratex tem forte resultado em linha com expectativas
A Mirae avaliou que a Duratex apresentou, no terceiro trimestre deste ano, um forte resultado e em linha com a expectativa.
A companhia apurou uma receita líquida de R$ 1,778 bilhão, um aumento e 36% em relação ao ano passado, impulsionado principalmente pela recuperação da economia, após o impacto do covid-19 de abril junho e retomada da construção civil, com recuperação da demanda em todas as divisões da empresa.
O Ebitda ajustado foi de R$ 434 milhões, com avanço de 82%, fruto do aumento no volume de vendas por receita e maior produtividade. O lucro líquido foi de R$ 124,0 milhões, com significativo aumento em comparação com o terceiro trimestre de 2019.
A Duratex encerrou o período com uma dívida líquida de R$ 1,885 bilhão e uma relação dívida líquida por Ebitda de 1,79 vezes, o menor patamar dos últimos 5 anos.
“Esperamos que ainda apresente forte resultado no 4T20, uma vez que o mercado da construção civil está aquecido, beneficiando a empresa o setor para os próximos trimestres.”
Klabin se beneficia de preços em US$ e de vendas por e-commerce
De acordo com a gestora, a Klabin se beneficiou do aumento de vendas por e-commerce de diversos setores que usam papel embalagem no segundo trimestre. Além disso, os preços de celulose continuam se recuperando nas últimas semanas em dólares.
A empresa registrou prejuízo líquido de R$ 199 milhões no terceiro trimestre, revertendo o lucro líquido
de R$ 215 milhões de um ano antes. Na mesma base comparação a receita líquida foi de R$ 3,1 bilhões, um acréscimo de 26%.
Já o Ebitda veio em R$ 1,2 bilhão, um recuo de 12% na relação ano a ano devido a fatores específicos, como o aumento de preço de soda caustica, produto que é importado.
A desvalorização do real também gerou efeito negativo na linha de variação cambial líquida em R$ 547,0 milhões do período, devido ao impacto no endividamento em dólar da Klabin, informou a Mirae.
Carteira recomendada de Mirae para dezembro
Além das novas adições, a gestora continuou com suas recomendações de:
- Banco do Brasil (BBAS3);
- Cosan (CSAN3);
- Gerdau (GGBR4);
- Iochpe-Maxion (MYPK3);
- Magazine Luiza (MGLU3)
- Randon (RAPT4);
- Vale (VALE3)
- Via Varejo (VVAR3).
O portfólio da Mirae de novembro registrou um rendimento de 10,1%. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) subiu 15,9% no período.