O Bradesco (BBDC4) liderou uma rodada de investimento de R$ 1,44 bilhão na Compass, subsidiária da Cosan (CSAN3) que atua no segmento de gás. A transação avaliou a Compass em R$ 17,31 milhões, pre-money.
O aporte garantirá à Cosan um total R$ 2,25 bilhões para a subsidiária e possibilidade de postergar um pouco mais uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Após o aporte, a holding ainda deterá 88% da companhia.
A Bradesco Seguros entrou com cerca de R$ 800 milhões do total e deve ficar com 4% da Compass. Brasil Capital, Prisma Capital e Núcleo Capital são os outros investidores.
De acordo com o Brazil Journal, a operação nasceu de um telefonema entre o presidente do Bradesco Luiz Carlos Trabuco e o controlador da Cosan Rubens Ometto, na sequência do anúncio do investimento milionário da Atmos Capital na Compass.
Em maio, a gestora fechou a compra de 4,68% da subsidiária, por um montante de R$ 810 milhões. A transação avaliou a empresa em R$ 16,5 bilhões e impulsionou as ações da Cosan na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
Com a pressão do Bradesco de um lado e um mercado de IPO recheado de incertezas para 2022, a holding decidiu por uma nova rodada na Compass, a qual deve garantir o caixa para a aquisição da Gaspetro.
A Compass tem se mexido no sentido de ampliar a operação e entregar a promessa de gigante do setor, com a compra de 51% da controlada da Petrobras (PETR4). O negócio está sendo costurado e deve ser fechado em meados do ano que vem.
“Essas transações reforçam a capacidade de investimentos da Compass, viabilizando a implementação do seu plano de negócios. A Cosan e a Compass continuarão avaliando alternativas para otimização de sua estrutura de capital,” ressaltou a subsidiária, em fato relevante.
Cotação da Cosan e do Bradesco nesta sexta (3)
A ação da Cosan (CSAN3) registrou desvalorização de 0,72%, caindo para R$ 22,13. O papel preferencial do Bradesco recuou 0,49%, a R$ 22,17.