A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) contratou o Morgan Stanley para coordenar a potencial oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A informação é do Pipeline, do Valor Econômico.
De acordo com informações do site, o presidente da estatal, Roberto Barbuti, planeja lançar o IPO da Corsan em fevereiro do próximo ano. A empresa negocia a contratação de outros bancos para compor o sindicato.
Com o cronograma, o executivo espera driblar as condições adversas do mercado brasileiro. Aberturas de capital têm sido suspensas ou adiadas por causa da volatilidade com as incertezas político-econômicas do País.
A companhia gaúcha de saneamento pretende levantar pelo R$ 1 bilhão com a oferta primária. A oferta secundária servirá de saída para o Estado do Rio Grande do Sul, que deverá reter uma posição de cerca de 30%.
Segundo o presidente Roberto Barbuti, os planos de investimentos da Corsan para 2033 totalizam R$ 11 bilhões. A empresa tentará atrair investidores privados para gerar eficiência e fazer frente ao volume de investimento necessários.
Eduardo Leite quer capitalização da Corsan
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou em março o início do processo de privatização da Corsan, “uma forma de alavancar investimentos para o saneamento”, avaliou.
Para que o governo estadual possa concretizar esses planos, dois passos principais precisam ser dados. O primeiro, de aprovação da retirada da exigência de plebiscito para a venda da Corsan, já foi dado. Agora, os parlamentares precisarão aprovar um projeto de lei que disciplinará a privatização.
O governador gaúcho afirmou que, entre os impactos de desestatização da empresa, estão a previsão de R$ 10 bilhões de investimentos na universalização dos serviços de água e esgoto, a geração de empregos e o destravamento do potencial construtivo de regiões com limites de expansão, como no litoral Norte do Estado.
(Com Estadão Conteúdo)