Corretoras enfrentam instabilidade e clientes reclamam nas redes
Em dia de caos no mercado financeiro, após a bolsa de valores de São Paulo (B3) acionar um circuit breaker depois da queda de 10% do Ibovespa nesta segunda-feira (9), usuários de corretoras foram às redes sociais reclamar de instabilidade nas plataformas de operação.
De acordo com os relatos, as plataformas da XP, Clear e Rico -todas do grupo XP Inc- apresentam instabilidade em suas ações. Usuários reclamam da demora no login e na impossibilidade de executar ordens de compra e venda.
Padrão @clear_corretora pic.twitter.com/TfrVp1J5dE
— Lucas (@lucasfintwit) March 9, 2020
Não é possível @clear_corretora todo dia é assim quando vcs vão melhorar essa porc…. de serviço. Sempre travado na hora de maior volatilidade.
— Ricardo Betin (@ricardo_betin) March 9, 2020
De que adianta Circuit Breaker se não dá para comprar nada?
Ajuda aí @clear_corretora
— Marcos Rocha (@Marcosgcr) March 9, 2020
A #Clear fora.. As “tops” também estão.. serve de consolo.
— Wendel ? (@wendellobao) March 9, 2020
Procuradas, o grupo XP afirmou que não encontrou problemas de instabilidade em suas plataformas.
Último circuit breaker foi em 2017
O acionamento do circuit breaker na B3 não é algo que ocorre de maneira corriqueira. A última vez que o sistema que suspende o pregão por 30 minutos quando o Ibovespa cai 10% foi em 18 de maio de 2017, no dia seguinte do chamado “Joesley Day“.
O “Joesley Day” ocorreu após a divulgação de que um dos principais acionistas da multinacional JBS, Joesley Batista, tinha gravado o então presidente Michel Temer. Joesley teria sido recebido no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, fora da agenda oficial e no meio da noite.
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Durante a gravação o presidente teria pedido a ele a manutenção de um esquema de pagamentos de propina envolvendo outros políticos, entre os quais, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Já nesta segunda-feira, o Ibovespa abriu em forte queda de 9,53%, aos 88.656 pontos, por causa das consequências econômicas da epidemia de coronavírus (covid-19) na Europa e na Ásia, e com a disputa sobre os preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia.
Na semana passada o Ibovespa tinha registrado também uma forte desvalorização, caindo para cerca de 97 mil pontos. A marca de 100 mil pontos tinha sido alcançada pela primeira vez em meados de 2019.