Privatização dos Correios deve ser votada em outubro; Governo espera leilão com Magazine Luiza (MGLU3), Amazon e Mercado Livre
A expectativa do governo é que o relatório de privatização dos Correios seja votado em outubro deste ano na Comissão de Assuntos Econômico do Senado Federal. O Planalto estima também que devem participar do leilão nomes de peso como Amazon (AMZO34) e Magazine Luiza (MGLU3).
Segundo o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, há uma expectativa de que talvez o Mercado Livre (MELI34) manifeste interesse na privatização dos Correios. A articulação para a aprovação do projeto será feito pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Apesar da expectativa do governo, é válido lembrar que o Mercado Livre já afirmou não ter interesse em entrar na disputa pela estatal. A empresa argentina de e-commerce tem investido na expansão de sua malha logística própria.
“Hoje a gente se sente muito confortável em dizer que não faz sentido participar da privatização dos Correios. A construção que tivemos dentro de casa foi muito mais eficiente”, disse o vice-presidente de logística do Mercado Livre, Leandro Bassoi, em julho deste ano à imprensa.
Governo reconhece que prazo da privatização dos Correios é fator chave para interesse do Magalu
O desinteresse da empresa argentina pelos Correios já foi comentado por responsáveis pela privatização da estatal.
A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do Ministério da Economia, Martha Seillier, e Fábio Abrahão, diretor de concessões e privatizações do BNDES, disseram que o tempo é um fator decisivo para que o ativo permaneça atrativo e usaram o Mercado Livre como exemplo.
“Se você analisar o Mercado Livre, o nível de dependência dos Correios há alguns anos estava em determinado patamar, e hoje é outro. Isso está acontecendo com todos os players. Esse timing da venda dos Correios é percebido pelo mercado.”
No atual momento, os Correios se tornam interessante para o Magazine Luiza e Amazon por atenderem 5 mil municípios, o que pode ajudar as varejistas na corrida do e-commerce pela entrega mais rápida.