Correios cobram decisão do STF sobre plano de saúde e ameaçam greve

Os funcionários dos Correios recorrem novamente ao Supremo Tribunal Federal sobre a paralisação do custeio para plano de saúde. De acordo com os representantes que protocolaram o pedido, há risco de que os serviços sejam paralisados em todo o Brasil.

As federações e associação representativas dos funcionários dos Correios protocolaram uma medida de urgência solicitando que o ministro Dias Tofolli avalie um recurso sobre a paralisação do custeio para plano de saúde.

Os funcionários esperam análise da Justiça contra uma decisão não definitiva, que determinou a suspensão do custeio dos trabalhadores e seus dependentes, desde novembro 2019.

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Os representantes afirmaram que essa determinação deu brecha para que os Correios aumentasse o valor do custeio do plano de saúde de seus empregados, “proporcionando até o momento o desligamento de mais de 15 mil trabalhadores, totalizando a falta de cobertura para mais de 50 mil pessoas que abarrotam o SUS”, disse a associação ao jornal “Estado de S.Paulo”.

Por fim, os funcionários acreditam que o avanço do vírus no Brasil pode fazer com que essa situação piore.

“O cenário tende a piorar com o avanço do coronavírus (covid-19) no País, principalmente quando tratamos de categoria de trabalhadores que está na linha de frente na pandemia, exercendo importantes funções (até mesmo entrega de medicamentos) e que colaborar com desenvolvimento da economia. Cabe lembrar que o segmento do e-commerce cresceu 25% nos últimos meses”.

Correios e Eletrobras estão nos planos de privatizações de Guedes para 2020

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, em uma reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que o governo irá trabalhar em quatro privatizações ainda em 2020. Nos planos de Guedes, estão os Correios e a Eletrobras.

Vale lembrar que Guedes está chefiando este conselho. O objetivo do ministro é privatizar os Correios, a Eletrobras, o Porto de Santos e o Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). Além disso, Guedes também espera realizar o IPO (oferta pública de ações) da Caixa Seguridade, que foi suspenso em março por conta do cenário desencadeado no mercado pela pandemia de coronavírus (Covid-19).

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Algumas privatizações, entretanto, não dependem só do ministro da Economia. Elas precisarão passar pelo Congresso Nacional. A desestatização da Eletrobras, por exemplo, é uma que contempla esse tipo de caso. A equipe econômica teme a falta de apoio dos parlamentares no processo de aprovação de venda das estatais.

O ministro da economia visa fazer caixa neste ano por conta da pandemia que afetou diretamente todos os setores da economia no País. A ideia, anteriormente, era deixar estas privatizações para os próximos anos.

Segundo informações do jornal “O Globo”, uma fonte que participou da reunião do PPI disse que o presidente Jair Bolsonaro solicitou que as privatizações dos Correios e Eletrobras sejam feitas com mais agilidade.

Poliana Santos

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