Coronavoucher: prorrogação deve custar R$ 17 bi por mês
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, informou nessa quinta-feira (28) que a extensão do auxílio emergencial, conhecido como coronavoucher, com o valor resumido para R$ 200, deve gerar um custo de R$ 17 bilhões por mês. A informação foi divulgada pelo secretário durante uma audiência online da Comissão Mista realizada para analisar tanto a situação fiscal como a execução orçamentária e financeira dos projetos referentes ao coronavírus (Covid-19).
O coronavoucher foi criado no dia 27 de março com o intuito de diminuir os impactos causados pelo coronavírus para trabalhadores informais. Inicialmente, após aprovado pelo Congresso, o benefício deveria ser composto por três parcelas no valor de R$ 600, contudo uma prorrogação com um valor menor está sendo discutida.
De acordo com o secretário, os gastos para o pagamento do auxílio emergencial já alcançam R$ 152 bilhões, o que representa cerca de R$ 51,5 bilhões por mês.
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O secretário salientou salientou que “é um programa extremamente importante, mas é caro, é um programa que, colocado em perspectiva, tem-se que analisar a efetividade e o custo dele. Então, pode haver, sim, prorrogação. Uma prorrogação, por exemplo, de R$ 200 vai implicar um custo, por mês, de aproximadamente R$ 17 bilhões. Portanto, nós estamos com atenção e queremos, com cada movimento, dar prioridade às camadas mais vulneráveis, aos segmentos mais vulneráveis da população”.
Além disso, Rodrigues Júnior indicou que existe a possibilidade do auxílio emergencial ser mantido por mais tempo, entretanto, o valor deve ser corrigido e terá como base o Bolsa Família. Esse último programa tem um impacto menor nos cofres públicos por ser mais barato custando R$ 29 bilhões por mês.
Contudo, Rodrigues Junior declarou que “não cabe uma extensão muito prolongada nas nossas contas”, se referindo a extensão do coronavoucher.
Coronavoucher tem custo total elevado para R$ 152,6 bilhões
O Ministério da Economia autorizou, na última terça-feira (26), o repasse de mais R$ 28,7 bilhões para o pagamento do auxílio emergencial. Dessa forma, a medida de combate da pandemia do novo coronavírus terá o custo total de R$ 152,6 bilhões em três meses.
De acordo com a pasta liderada pelo ministro Paulo Guedes, os ajustes foram necessários pois a demanda pelo coronavoucher foi maior que o esperado. Segundo o Ministério da Cidadania, cerca de 70 milhões de brasileiros, um terço da população, está apta a solicitar o auxílio.