O pagamento do auxílio financeiro de R$ 600 por mês para trabalhadores informais, conhecido como “coronavoucher“, deve começar a ser liberado nesta semana. A expectativa é de que o governo anuncie na tarde desta segunda-feira (6) o calendário de pagamentos, durante coletiva de imprensa com integrantes do Ministério da Cidadania e da Caixa Econômica Federal.
Na última sexta-feira, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse que os depósitos devem ser realizados antes da Páscoa, data celebrada no domingo (12). O auxílio emergencial foi aprovado pelo Congresso no último dia 30 e aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor. O coronavoucher prevê auxílio de R$ 600 a R$ 1.200, a ser pago durante três meses, podendo ser prorrogado por mais tempo.
Ainda segundo o ministro da Cidadania, o governo vai lançar na terça (7) um aplicativo para cadastro dos trabalhadores informais que não se registraram no Cadastro Único – cujo prazo para inclusão se esgotou no dia 20 de março – ou que não estejam listados no Bolsa Família.
Ao todo, o país contabiliza até 100 milhões de trabalhadores que devem ser elegíveis à renda emergencial.
Coronavoucher
O cadastro para receber o coronavoucher poderá ser feito por telefone, através de uma plataforma online ou em agências, segundo o governo. Contudo, a recomendação é de que os trabalhadores priorizem o uso do telefone e das formas digitais e para se cadastrarem, a fim de evitar aglomerações nas agências físicas.
Lorenzoni informou que cerca de 20 milhões de trabalhadores informais que se encaixam nos requisitos para receber o auxílio financeiro, não constam em nenhum dos cadastros do governo. Desse modo, devem usar o aplicativo para se cadastrar:
- O trabalhador que não consta no Cadastro Único do governo;
- O trabalhador que não é contribuinte individual do INSS;
- O informal que não é microempreendedor individual.
O valor do coronavoucher será depositado em uma conta bancária em nome do beneficiário, ou esse receberá uma autorização para sacar o montante em lotéricas.
Saiba Mais: Coronavoucher: governo usará aplicativo para cadastrar trabalhadores
Além disso, o presidente da Caixa Econômica Federal informou que “aqueles que não têm conta, terão uma conta digital aberta de forma gratuita. Quem já tiver em outro banco, receberá uma TED [transferência eletrônica] de graça”. E acrescentou que um segundo aplicativo poderá ser criado como uma opção para recebimento.
O ministro da Cidadania ainda salientou que há a possibilidade do dinheiro referente ao auxílio ser sacado em caixas eletrônicos. Segundo ele, o trabalhador deve ter acesso ao valor após dois dias da realização do cadastro.
“Queremos dar tranquilidade ao taxista, ao vendedor de pipoca, à diarista, de que ela, a partir de terça-feira (7), terá as condições de fazer o cadastramento e, em poucas horas, receber os recursos” disse Lorenzoni.
Em relação a segurança, o presidente da Caixa informou “quando lançarmos [o aplicativo do coronavoucher], sabemos que teremos dezenas de milhões de acessos em um só dia. Até agora, não lançamos ainda. Então qualquer aplicativo que a população esteja vendo não é um aplicativo do governo. Porque este aplicativo que a Caixa montou junto com o governo federal, é o único que concentrará essa base de dados”.
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