O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou nessa terça-feira (23) durante uma entrevista coletiva, que defende uma conversa com o poder Executivo para que o auxílio emergencial de R$ 600, apelidado de coronavoucher, seja estendido, e possa virar permanente. “Deixo clara a minha posição, sinto a importância de renovar por pelo menos dois meses”, destacou ele.
Comentando sobre o coronavoucher, Maia salientou: “acho que nós deveríamos, em conjunto com o poder Executivo, organizar o debate do que seria uma renda mínima permanente. Acho que seria uma resposta importante para a sociedade brasileira”.
Segundo Maia, o preço de não prorrogar o benefício, pode ser maior do que as obrigações financeiras advindas com a aprovação da ampliação do auxílio emergencial.
O presidente da Câmara ainda declarou: “a gente sabe que tem um custo, mas custo maior é não renovar. Quanto custa não renovar para milhões de brasileiros que ficaram sem renda e ainda ficarão sem renda?”.
Vale destacar que o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse na última segunda-feira (22) durante uma entrevista que a “União não aguenta outro desse mesmo montante que por mês nos custa cerca de R$ 50 bilhões. Se o país se endividar demais, vamos ter problema”.
Contudo, indicou que “vai ser negociado com a Câmara, presidente da Câmara, presidente do Senado, um valor um pouco mais baixo e prorrogar por mais dois meses (o auxílio), talvez a gente suporte, mas não o valor cheio de 600 reais”.
Maia defende coronavoucher por mais três meses
Rodrigo Maia, disse, no último sábado (20), que é favorável à continuidade do auxílio emergencial de R$ 600 por mais dois ou três meses.
Veja também: Coronavoucher: Bolsonaro garante 3° parcela, mas cita endividamento
Em sua conta pessoal do Twitter, Maia disse que grande parte dos parlamentares deve seguir sua ideia e que o governo não pode mais para efetivar a prorrogação do coronavoucher. O auxílio emergencial abrange trabalhadores sem carteira assinada, autônomos, Micro Empreendedores Individuais (MEIs) e desempregados, com pagamentos de R$ 600 a R$ 1.200 (caso para mães chefe de família).
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