O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (8) que “possivelmente” o governo vai renovar por mais “dois ou três meses” o auxílio emergencial, conhecido como coronavoucher. Em participação em evento virtual da Frente Parlamentar do Setor de Serviços – que não estava prevista na agenda do ministro – Guedes afirmou que, logo depois, será lançado o novo Bolsa Família.
“Possivelmente vamos estender auxílio emergencial por mais dois, três meses. Logo depois do auxílio-emergencial, entra o novo Bolsa Família, reforçado”, disse o ministro.
Na última segunda-feira, o Broadcast mostrou que o governo tem planos de estender o auxílio emergencial por dois meses, até setembro, nos mesmos valores de R$ 150 a R$ 375 e com igual alcance em termos de público.
Hoje, o auxílio contempla cerca de 39,1 milhões de brasileiros.
Como o governo pagará o novo coronavoucher?
Segundo o Valor Econômico, o Planalto deve viabilizar os pagamentos com uma sobra de R$ 7 bilhões da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial. O governo ainda deve editar uma medida provisória para abrir crédito extraordinário de cerca de R$ 12 bilhões.
O Ministério da Cidadania, a partir de dados do Ministério da Saúde, coletará as informações para justificar o valor do crédito extraordinário, contou a fonte ao jornal.
Programa de qualificação de jovens
O ministro da Economia disse ainda que o programa de qualificação de jovens que o governo pretende lançar vai levar a uma redução “muito rápida” no desemprego. “O jovem durante processo de treinamento custa mais barato para empresa e adquire habilidades. O setor de serviços será decisivo, elas já estão encomendando 20 mil, 30 mil jovens para treinamento”, comentou.
Projeções sobre atividade
No evento, além do coronavoucher, Guedes falou ainda que a Economia continua com previsão de crescimento “conservadora” de 4% a 5% na economia deste ano e disse que, com a vacinação, o país caminha para dias melhores. “O Brasil está conseguindo acelerar vacinação com o ministro Queiroga”, disse Guedes, em referência ao ministro da Saúde, que depõe neste momento à CPI do Covid.
Com informações do Estadão Conteúdo