O Governo Federal pedirá um empréstimo de US$ 4 bilhões (cerca de R$21 bilhões) para organismos internacionais, a fim de custear os gastos, entre outros programas, do auxílio emergencial de R$ 600, conhecido como coronavoucher. A informação foi divulgada nessa quarta-feira (27) pela Secretaria do Tesouro Nacional.
No total, o empréstimo contará com US$ 3,35 bilhões e 550 milhões de euros e já foi aprovado pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex). Além de auxiliar no pagamento do coronavoucher, será usado para pagar outros programas como:
- Bolsa Família;
- Programa de manutenção de emprego e renda;
- Seguro-desemprego.
Segundo o governo, esses programas acumulam uma despesa de, aproximadamente, R$ 222,8 bilhões. Geralmente, esses projetos são pagos com o dinheiro que advêm da arrecadação de impostos ou da emissão de dívida pública.
Já sobre vender reservas internacionais para pagar os programas, o Tesouro destacou que as questões sobre reservas internacionais deveriam ser encaminhadas ao Banco Central.
Além disso, seis instituições participarão do financiamento do empréstimo, dentre elas 4 são organismos multilaterais, ao passo que 2 são agências de desenvolvimento. Confira as instituições que apoiarão operação:
- O Banco do Brics;
- O Banco de Desenvolvimento alemão;
- Agência Francesa de Desenvolvimento.
- O Banco Mundial (Bird);
- O Banco Interamericano de Desenvolvimento;
- Banco de Desenvolvimento da América Latina;
De acordo com a coordenadora geral de Controle e Pagamento da Dívida Pública Federal, Márcia Tapajós, os organismos multilaterais costumam financiar investimentos.”Entretanto, dada a pandemia, abriram linhas especiais para financiar despesas relacionadas ao enfrentamento da pandemia em todo o mundo”, completou Tapajós.
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Além disso, o coordenador geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Luis Felipe Pereira, declarou que “não há nenhuma dificuldade de financiamento da dívida no mercado doméstico. A operação com multilaterais, de US$ 3,35 bilhões e de 550 milhões de euros, contribui para fortalecer o caixa do Tesouro com custos abaixo do custo de captação do Tesouro e com prazos de até 30 anos”.
Coronavoucher tem custo total elevado para R$ 152,6 bilhões
O Ministério da Economia autorizou, na última terça-feira (26), o repasse de mais R$ 28,7 bilhões para o pagamento do auxílio emergencial. Dessa forma, a medida de combate da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) terá o custo total de R$ 152,6 bilhões em três meses.
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O novo orçamento para o coronavoucher é um pouco acima dos R$ 151,5 bilhões divulgados na última semana pelo secretário especial do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.