O Tribunal de contas da União (TCU) indicou nesta quarta-feira (5) que o governo brasileiro já gastou R$ 18,6 bilhões com o coronavoucher, o auxílio emergencial para empregados com dificuldades financeiras causadas pela pandemia do coronavírus (covid-19). Até o momento, já foram processados 12,4 milhões de pagamentos, representando 36% do total previsto pelo programa.
O ministro Bruno Dantas explicou que apesar do resultado positivo trazido pela implementação do coronavoucher, como a contenção do índice de desemprego, ainda há dúvidas sobre sua eficácia. O relator do processo alertou para as falhas identificadas pelos auditores e para as incertezas que ainda serão vividas no pós-pandemia.
Ele explicou que as atitudes e medidas das empresas nos próximos meses, quando o auxílio emergencial acabar, ainda são desconhecidas. “Dados devem ser olhados com cautela, apesar de resultados favoráveis. Há dúvidas quanto a efeitos e sustentabilidade no período pós-pandemia. Será uma nova realidade para as empresas, que podem ter incentivos para dispensar esses trabalhadores”, disse Dantas.
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O ministro informou que o programa registrou um prejuízo potencial de R$ 108 milhões, causado por indícios de irregularidades em 90 mil benefícios, que teriam sido pagos em duplicidade.
Outros casos também foram enviados ao Ministério Público Federal, como o de pagamentos a pessoas falecidas e a servidores públicos.
Bolsonaro voltou a criticar permanência do coronavoucher
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira, que “não da para continuar” por muito tempo com o auxílio emergencial de R$ 600, conhecido como coronavoucher, por causa do seu alto custo.
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O presidente já havia criticado, no último domingo (2), aqueles que defendiam a permanência do coronavoucher. Sem citar nomes, o mandatário tinha afirmado que os governadores que defendem a medida quebraram os estados que lideram.