O presidente da República, Jair Bolsonaro, declarou nessa quarta-feira (19) que pretende prorrogar, até o fim do ano, o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, apelidado de coronavoucher. Segundo o mandatário, o governo busca um meio-termo entre R$ 600 e R$ 200, para a extensão.
Durante cerimônia de sanção de medidas provisórias para facilitar o acesso ao crédito, o político destacou que “600 reais é muito. O Paulo Guedes [ministro da Economia] fala, alguém falou na Economia, em 200 [reais]. A gente acha que é pouco, mas dá para chegar num meio termo e nós buscarmos que ele [coronavoucher] venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano”.
Vale lembrar, que a extensão do auxílio emergencial já estava sendo discutida no governo. Contudo, a equipe econômica destaca que não tem como prorrogar o pagamento do auxílio emergencial para 2021 sem comprometer o teto de gastos.
Por mês, o governo desembolsa cerca de R$ 50 bilhões com o pagamento do coronavoucher, mas com uma parcela reduzida a R$ 250, o custo cairia para R$ 20 bilhões.
Além disso, no início do mês, o presidente da República afirmou que “não dá para continuar” por muito tempo com o auxílio emergencial de R$ 600, por causa do seu alto custo.
“Não dá para continuar muito [com o coronavoucher] porque, por mês, custa R$ 50 bilhões. A economia tem que funcionar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”, disse Bolsonaro aos jornalistas no Palácio da Alvorada.
Pagamentos do coronavoucher somam R$ 161 bi desde o início da pandemia
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou nessa terça-feira (18) que, ao todo, os pagamentos do auxílio emergencial já representam R$ 161 bilhões desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), até agora.
Segundo apontou Guimarães, aproximadamente 66,4 milhões de trabalhadores informais já receberam alguma parcela do coronavoucher, ao passo que 229 milhões de pagamentos já foram efetuados pelo banco estatal.