O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira (5), que “não da para continuar” por muito tempo com o auxílio emergencial de R$ 600, conhecido como coronavoucher, por causa do seu alto custo.
“Não dá para continuar muito [com o coronavoucher] porque, por mês, custa R$ 50 bilhões. A economia tem que funcionar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”, disse Bolsonaro aos jornalistas no Palácio da Alvorada.
O presidente já havia criticado, no último domingo (2), aqueles que defendiam a permanência do auxílio. Sem citar nomes, o mandatário tinha afirmado que os governadores que defendem a medida quebraram os estados que lideram.
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“Alguns [governadores] estão defendendo o auxílio emergencial indefinido. Esses mesmos que quebraram os estados deles… esse mesmo governador que está defendendo o emergencial de forma permanente, só que por mês são R$ 50 bilhões. Vão arrebentar a economia do Brasil”, disse Bolsonaro.
Apesar do posicionamento do presidente, o governo passou a estudar a extensão do coronavoucher até o fim do ano. As informações foram divulgadas na última terça-feira (4) no jornal “Valor Econômico. O diferencial é que a pasta econômica analisa a possibilidade de redução do benefício, dessa forma, de R$ 600 passaria para R$ 200.
“Temos que ter responsabilidade fiscal, mas também é preciso responsabilidade social. Ninguém está surfando na onda da pandemia. Não tem por que cortar quem recebeu até agora”, disse uma fonte parlamentar ao veículo.
“Nós já tínhamos avisado que eles deveriam correr para formalizar a entrega do Renda Brasil e alertamos que, se isso não ocorresse, prorrogaríamos no mesmo valor”, completou.
A proposta da equipe liderada pelo ministro Paulo Guedes mal chegou ao Congresso e integrantes da cúpula do Legislativo já estimam que existe a possibilidade do valor ser mantido em R$ 600 mensais até o fim deste ano.
Entretanto, a fonte do jornal salienta que a proposta que está na mesa ainda gera indignação e que seria complicado explicar à população a razão pela escolha de um público em detrimento de outro. “A depender do que enviar e de como enviar, vai sofrer outra derrota. Tem que negociar com o Congresso. Se fizer isso, terá um diagnóstico mais claro do que passa no plenário”, disse um parlamentar sobre a substituição do coronavoucher pelo Renda Brasil.