Coronavoucher: Bolsonaro afirma que vetará auxílio caso as parcelas ultrapassem R$ 400
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na última quinta-feira (11), que iria vetar os valores das novas parcelas do auxílio emergencial (coronavoucher), caso o Congresso avalie que elas tenham que ser maior do que R$ 400. Ele destacou que há um consenso para o pagamento de novas parcelas do auxílio, mas o valor delas ainda não foi divulgado oficialmente.
De acordo com Bolsonaro, caso as próximas parcelas do coronavoucher sejam pagas com o mesmo valor das anteriores (R$ 600), o Brasil terá um aumento excessivo de seu endividamento.
“A parcela não seria de R$ 600, a gente não pode gastar mais R$ 100 bilhões de . Não tem como. Eu gostaria que fosse possível”, afirmou o presidente da República.
“Vamos supor que chegue a uma proposta de duas (parcelas) de 300 (reais). Se a Câmara passar para 400, 500, ou voltar para 600, qual vai ser a decisão minha para que o Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez mais impagável. É o veto”, indagou o presidente.
Segundo o mandatário, é preciso que os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) tenham responsabilidade neste momento, pois “se o Brasil quebrar, ‘não tem para ninguém'”.
Nos últimos dias, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que é favorável a disponibilização de mais duas parcelas de R$ 600 para a população que se encontra com dificuldades causadas pela pandemia de coronavírus. O deputado, porém, disse que os parlamentares podem negociar o valor com o governo.
O que é o auxílio emergencial (coronavoucher)?
O coronavoucher começou a ser discutido em março deste ano, quando a pandemia de coronavírus chegou ao Brasil, mas foi criado somente em abril. O governo federal propôs um auxílio de R$ 200. Os parlamentares encaminharam proposta de que o auxílio fosse pago em três parcelas de R$ 600, de abril a junho, para trabalhadores informais que possuem mais de 18 anos. Entretanto, as regras foram mudando, com o passar do tempo, e outros grupos de pessoas entraram para categorias que podem solicitar o benefício, como desempregados ou:
- Microempreendedores individuais (MEI);
- Contribuinte individual da Previdência Social;
- Trabalhador Informal;
- Pertencentes a família cuja renda mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo (R$ 522,50), ou cuja renda familiar total seja de até 3 (três) salários mínimos (R$ 3.135,00).
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Por fim, Bolsonaro disse que os governadores devem flexibilizar as medidas de restrição dos estados para que a economia volte a ser movimentada e o governo não precise mais ter gastos com o coronavoucher.