O presidente Jair Bolsonaro criticou novamente, neste domingo (2), os governadores que defendem o coronavoucher, como ficou conhecido o auxílio emergencial em razão da pandemia, “de forma permanente”. Bolsonaro disse que o mesmo governador que defende a medida quebrou o estado que lidera, sem citar nomes.
“Alguns [governadores] estão defendendo auxílio emergencial [coronavoucher] indefinido. Esses mesmos que quebraram os estados deles… esse mesmo governador está defendendo o emergencial de forma permanente, só que por mês são R$ 50 bilhões. Vão arrebentar com a economia do Brasil”, afirmou.
Quando perguntado a qual governador estava se referindo, o mandatário disse aos jornalistas que “sabiam de quem estava falando”.
Na manhã deste domingo, Bolsonaro saiu da residência oficial do Palácio da Alvorada, e foi até uma padaria no Lago Norte de moto. Lá, o mandatário disse que os setores de alimentação, como as padarias, sofreram um impacto pequeno em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“Aqui por exemplo, alimentação, os danos foram pequenos, quase não existiram”, disse enquanto estava no estabelecimento.
396 mil agentes públicos receberam o coronavoucher indevidamente
A Controladoria-Geral da União (CGU) informou no mês passado que, em maio, cerca de 396.316 agentes públicos, incluindo servidores federais, estaduais e militares, receberam equivocadamente o auxílio emergencial de R$ 600.
Contudo, o ministro da CGU, Wagner Rosário, afirmou durante uma audiência pública no Congresso que, em alguns casos, o número do CPF de agentes públicos pode ter sido usado por terceiros para receber o coronavoucher. Segundo ele, a devolução do dinheiro deve ser mais ‘tranquila’ nesses casos.
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Ainda assim, o pagamento indevido do coronavoucher gerou um gasto de R$ 279,67 milhões para os cofres públicos no mês de maio. Rosário apontou que cerca de R$ 78 milhões, referente a concessões indevidas do benefício, já haviam sido devolvidos.