Coronavoucher: BC solicita aumento na produção de dinheiro
A Casa da Moeda pediu para que seus funcionários aumentassem em 40% a produção semanal de cédulas de dinheiro, a partir do mês de maio, para o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, conhecido como coronavoucher, após solicitação do Banco Central (BC). A informação foi divulgada pela ‘Reuters’ nessa sexta-feira (8).
Segundo um documento visto pela agência britânica, existe a possibilidade do Brasil enfrentar a falta de cédulas de dinheiro para efetuar o pagamento do coronavoucher, já que os estoques são considerados baixos pelo BC.
Entretanto, de acordo com o presidente do sindicato dos servidores do órgão, Aluízio da Silva Junior, o sindicato ainda vai analisar a medida na próxima semana.
Alguns dos beneficiários do coronavoucher não possuem conta bancária
Cerca de um terço da população brasileira não possui contas bancárias, desse modo, muitos beneficiários do auxílio emergencial são desbancarizados. Frente a isso, o Banco Mundial salientou que o país depende muito do dinheiro físico.
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Já o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, informou à Reuters que se por acaso houver falta de notas físicas “encontraremos uma maneira de corrigir isso”. Entretanto, ele indicou que não há dificuldades com a falta de dinheiro. Segundo ele, houve um problema técnico com as fontes de pagamento dos recursos.
Estoques de segurança
Em contrapartida, de acordo com o BC, “a consulta (à Casa da Moeda) visa construir estoques de segurança e mitigar eventuais consequências do fenômeno de entesouramento que se observa desde o início da pandemia”.
Além disso, de acordo com a Reuters, busca antecipar o recebimento do montante previsto para o ano, visto que a quantidade de moeda forte em circulação nesse mês apresentou um acréscimo de 23%, ou seja, R$ 55,5 bilhões em relação a 2019.
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Ademais, segundo o BC, uma “parcela considerável” do montante pago em dinheiro físico aos beneficiários do coronavoucher ainda não voltou para o sistema.