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Coronavoucher ajudou no aumento de vendas no varejo, diz IBGE

O governo vai verificar mensalmente a situação empregatícia dos beneficiários do coronavoucher e cancelar o auxílio se necessário.

O governo vai verificar mensalmente a situação empregatícia dos beneficiários do coronavoucher e cancelar o auxílio se necessário.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (10) a Pesquisa Mensal de Comércio, a qual indicou bom desempenho do setor de varejo nos meses de junho e julho. Segundo o Instituto, o aumento das vendas está relacionado com o pagamento do auxílio emergencial, também conhecido por coronavoucher.

De acordo com Cristiano Santos, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, o coronavoucher ajudou a impulsionar as vendas no varejo, principalmente pelas famílias de menor renda que durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) passaram a receber até mais que o habitual com as parcelas do auxílio.

Na série com ajuste sazonal, as vendas no varejo cresceram 5,2% em julho ante o mês anterior, depois de terem avançado também em junho (8,5%) e maio (13,3%). A expansão por três meses consecutivos levou o comércio varejista a operar perto do patamar mais elevado da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, alcançado em outubro de 2014.

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Quatro das oito atividades pesquisadas registraram crescimento no período:

“Certamente parte desse excesso de rendimento acaba se convertendo em consumo, e consumo muito focado nessas atividades que a temos visto crescer. Além de supermercados, tem também móveis e eletrodomésticos e material de construção”, afirmou o analista.

A expansão do comércio eletrônico e a reabertura de lojas pela flexibilização das medidas de isolamento social também contribuíram para uma recuperação da receita, apontou o pesquisador do IBGE.

Os supermercados puxam a recuperação do varejo para níveis anteriores ao da pandemia, mas as vendas no setor mostraram uma acomodação “natural” nos últimos dois meses, segundo o pesquisador. Houve algum efeito de inflação de alimentos sobre o resultado, embora nada fora do padrão da série histórica da pesquisa até julho.

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“No início da pandemia, tudo fechou. O que ficou aberto? Farmácias e supermercados. As grandes redes, que têm lojas muito grandes, vendem muita coisa que também são vendidas em outros segmentos. Às vezes tem móveis e eletrodomésticos, livros, jornais, equipamentos de informática. Isso também acabou sendo consumido nessa atividade. Depois disso, ela se estabiliza. Ainda em maio vem forte, depois acaba se estabilizando. É um comportamento natural desse segmento, à medida também que essa substituição não é mais necessária, que outras atividades voltam também a ter vendas em lojas físicas”, justificou Santos.

Apesar do bom desempenho do setor de varejo que foi influenciado pelo coronavoucher, algumas atividades pesquisadas pelo IBGE registraram quedas durante o período. Sendo elas: Tecidos, vestuário e calçados (-31,4%),  livros, jornais, revistas e papelaria (-25,1%), combustíveis e lubrificantes (-10,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,5%).

Com informações do Estadão Conteúdo.

 

 

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