As vendas no varejo brasileiro recuaram 11,7% em março, descontada a inflação, em comparação com o mesmo período no ano passado. A queda apontada, pelo Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta sexta-feira (17), foi devida a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Segundo o indicador calculado pela empresa de maquininhas, a receita de vendas, em termos nominais, apresentou queda de 9,7%. Trata-se do resultado mais negativo apurado pelo índice desde sua criação em janeiro de 2014. O ICVA aponta que além do coronavírus, a queda significativa é em razão também do calendário do mês de março do ano passado, que foi celebrado o carnaval.
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Dessa forma, a Cielo informou que se ajustar o calendário, a queda foi ainda maior: 12,5% pelo ICVA deflacionado e 10,5% em termos nominais.
“Os segmentos de Turismo e Vestuário estão entre os mais prejudicados. Em compensação, os segmentos de artigos de primeira necessidade, como Supermercados e Farmácias, apresentaram crescimento das vendas, em especial nas primeiras semanas de março”, afirmou o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.
“A queda foi resultado tanto da diminuição da demanda, já que os consumidores saíram menos às ruas, quanto da oferta, uma vez que muitos lojistas fecharam as portas, seja por iniciativa própria ou por determinação das autoridades governamentais”, completou Mariotto.
Coronavírus: vendas do comércio eletrônico crescem 37% em março
A receita do comércio eletrônico no Brasil aumentou 37% durante os primeiros 16 dias de março, em meio ao surto de coronavírus. A informação faz parte de uma pesquisa pela empresa de levantamento de dados “Compre&Confie”.
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O avanço das vendas do comércio eletrônico nas duas primeiras semanas de março foi impulsionada pela alta de 124% na demanda por produtos de saúde. Os principais itens buscados pelos consumidores neste segmento são máscaras cirúrgicas e álcool em gel, utilizados para conter a transmissão do coronavírus.
Por outro lado, no mesmo período do ano passado, as vendas registraram queda de 11% em comparação com março de 2018.
Entretanto, segundo Dias, ainda não é possível comemorar o desempenho positivo do comércio eletrônico neste ano. O executivo salientou que os problemas causados pela pandemia de coronavírus poderão reverter o cenário otimista.