A receita do comércio eletrônico no Brasil aumentou 37% durante os primeiros 16 dias de março, em meio ao surto de coronavírus (covid-19). A informação faz parte de uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19) pela empresa de levantamento de dados “Compre&Confie”.
O avanço das vendas do comércio eletrônico nas duas primeiras semanas de março foi impulsionada pela alta de 124% na demanda por produtos de saúde. Os principais itens buscados pelos consumidores neste segmento são máscaras cirúrgicas e álcool em gel, utilizados para conter a transmissão do coronavírus.
Por outro lado, no mesmo período do ano passado, as vendas registraram queda de 11% em comparação com março de 2018.
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“O que se vê em momentos fora do padrão é que as pessoas vão para o comércio eletrônico em busca de melhores negócios porque sabem que os preços são mais baixos”, afirmou o diretor executivo do Compre&Confie, André Dias.
As vendas virtuais também avançaram 28% e 22% em janeiro e fevereiro, respectivamente. Os eletrodomésticos e os alimentos foram os principais produtos adquiridos nos dois primeiros meses de 2020.
Entretanto, segundo Dias, ainda não é possível comemorar o desempenho positivo do comércio eletrônico neste ano. O executivo salientou que os problemas causados pela pandemia de coronavírus poderão reverter o cenário otimista.
“O desempenho do ano vai depender da confiança do consumidor. Se tiver impacto muito grande como na Itália, com desemprego, o consumidor pode ficar receoso em gastar, o que acaba levando a uma retração”, afirmou o diretor-executivo.
Turismo perde mais de R$ 2 bilhões com coronavírus
Em contrapartida ao segmento de comércio eletrônico, outros setores da economia estão sendo fortemente prejudicados pelo coronavírus. De acordo com a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC), o turismo do Brasil já perdeu R$ 2,2 bilhões por conta da crise.
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Como medida de proteção contra a pandemia, alguns governos decretaram fechamento de fronteiras e algumas companhias aéreas até cancelaram voos internacionais.
Desse modo, o setor de turismo brasileiro viu sua receita cair 16,7%, na primeira metade do mês de março por conta do novo coronavírus, quando comparada com a mesma época do ano anterior.