Coronavírus: Anvisa aprova aplicação de testes rápidos em farmácias

Testes rápidos para a detecção do coronavírus (Covid-19) poderão ser realizados em farmácias e drogarias. Essa foi a determinação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) na manhã desta terça-feira (28), no entanto, de forma temporária.

Segundo a Anvisa, a permissão será concedida enquanto durar a pandemia do coronavírus. As farmácias e as drogarias, porém, não serão obrigadas a fornecer o teste rápido, mas, caso queiram abrir essa possibilidade, deverão ter um farmacêutico presente.

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O presidente da agência, Antonio Barra Torres, afirmou que esse tipo de teste já está sendo realizado por meio de drive-thru pelo setor público. Além disso, considerando as condições sanitárias, sua realização é segura. Ele aponta, entretanto, que o resultado dos testes rápidos não representa um diagnóstico definitivo, sendo assim, as pessoas devem procurar outras formas de diagnóstico.

“Os testes imunocromatográficos não possuem eficácia confirmatória, são auxiliares. Os testes com resultados negativos não excluem a possibilidade de infecção e os positivos não devem ser usados como evidência absoluta de infecção, devendo ser realizados outros exames laboratoriais confirmatórios”, disse Torres.

A liberação dos testes rápidos em farmácias encontrava entraves, devido a sua eficácia e por questões sanitárias. O segmento de medicina diagnóstica mostra-se contrária à realização de testes rápidos, cujo resultado sai em 20 minutos, devido ao volume de falsos resultados negativos para doença.

“O aumento [dos testes] será uma estratégia útil para diminuir a aglomeração de indivíduos [em hospitais] e também reduzir a procura dos serviços médicos em estabelecimento das redes públicas”, afirmou Torres.

Coronavírus no mundo

Até o início da tarde desta terça-feira, as secretarias estaduais de Saúde reportaram 68.188 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil, com 4.674 mortes. O País está entre as 11 nações mais impactadas pela doença.

O isolamento na Espanha, país mais atingido na Europa e já tendo ultrapassado o número de mortes na China, passou a ser flexibilizado recentemente. O país já registrou mais de 232 mil infectados e 23,82 mil mortes por causa de complicações do coronavírus.

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Na Itália, foram registradas ao menos 27,35 mortes pelo Covid-19 e mais de 201 mil casos até a última segunda-feira. Há cerca de 60 dias, o país ainda mantinha medidas de isolamento parcial.

Segundo a universidade norte-americana John Hopkins, desde o primeiro caso confirmado, o coronavírus já matou 56,74 mil pessoas no território dos Estados Unidos. Mais de 994 mil pessoas foram infectadas, se tornando o novo epicentro da doença no planeta.

Jader Lazarini

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