Coronavírus: startup incubada no HC cria plataforma para mapear casos

O Centro de Inovação do Hospital das Clínicas, o Inova HC, desenvolveu uma plataforma digital que permite mapear casos do novo coronavírus e tentar evitar surtos da doença, a partir do cruzamento do resultado de testes e monitoramento de sintomas utilizando inteligência artificial.

A startup incubada pelo HC objetiva acompanhar o retorno às atividades, como em empresas e escolas, e também poderá ser implementada em linhas aéreas e centros médicos. O modelo deverá ter custo de US$ 1,00 (equivalente a R$ 5,42) por ano por pessoa e começará a operar com dados reais de casos do novo coronavírus a partir do próximo mês.

O presidente da empresa Blok BioScience na América Latina, Pablo Lobo, explicou que o projetou teve início quando a China registrava ainda 6 mil casos da covid-19 por um grupo que já trabalhava há dois anos com soluções para problemas globais.

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“A parte mais importante é a testagem”, afirmou o executivo, “porque precisamos identificar quem tem sintomas e quem tem imunidade ou suposta imunidade”.

Lobo ainda destacou que “não é um sistema de proibição ou segregação, mas de segurança”. “Se a pessoa não é imune, tem informação.” Dessa forma, os sintomáticos devem realizar o teste de RT-PCR, enquanto aqueles sem sintomas devem ser submetidos a testes sorológicos.

Projeto cria registro dados sobre sintomas do coronavírus

Além dos exames, as pessoas terão acesso a um aplicativo que poderá ser alimentado com dados de sintomas da covid-19, o “Immunity Passport”. “Ele começa a se comunicar, estimulando a pessoa a contar como se sente, reportar sintomas, medir a temperatura.” As notificações “são mais invasivas para pessoas assintomáticas”.

Em caso de aparecer um quadro suspeito, o sistema irá enviar alertas de risco aos gestores com orientações, relatórios de dados e pontos de infecção por geolocalização. Ao mesmo tempo, a plataforma enviará à pessoa orientações personalizadas.

O presidente da Blok BioScience para a América Latina ainda afirmou que a carteira de imunidade digital e o sistema de gestão dos dados promovem o autocuidado dos funcionários e estudantes “ao oferecer um sistema automatizado, compreensivo e personalizado de registro de sintomas, resultados de testes e integração com aplicativos que mapeiam possíveis contatos com pessoas infectadas”. A proposta não é criar ilhas nas quais as pessoas saibam que os demais indivíduos foram testados para o novo coronavírus.

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Arthur Guimarães

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