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Coronavírus: setor elétrico, supermercados e proteína devem sofrer menos

IBOVESPA

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Se há um consenso entre especialistas em meio a crise causada pelo coronavírus (covid-19) é de que todos os setores produtivos da economia serão afetados.

Dado a queda brusca na demanda, não há um setor que não sentirá qualquer impacto em suas receitas, que, assim, também deverá refletir no preço dos ativos listados na bolsa de valores de São Paulo (B3).

O grande desafio, portanto, é encontrar oportunidades em companhias que sofram menos. O SUNO Notícias consultou especialistas para listar empresas e setores que sangrarão menos em meio a pandemia.

Segundo eles, os setores elétrico, de proteína e de supermercados deverão sofrer menos com a queda na demanda causada pelo alastramento do coronavírus.

Energia pode suspender dividendo, mas não sofrerá

Considerado um dos setores com menos volatilidade na Bolsa, graças a previsibilidade de contratos e de uma certa estabilidade na demanda, o setor elétrico  não deve sofrer tanto em meio a crise.

Para o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi, há a possibilidade de as empresas de energia cortarem os dividendos pagos aos acionistas. Isso, contudo, não retira o interesse nas companhias.

Veja também: Confira as empresas da B3 com mais caixa do que valor de mercado

“As empresas desse setor são as melhores pagadoras de dividendos, nas já estão repensando nisto para poupar caixa. Os dividendos devem voltar ano que vem”, disse o analista.

Segundo o especialista em investimentos do Suno Research, João Arthur Almeida, há uma característica especial para que a empresa do setor elétrico sofra menos na crise: ter o endividamento sob controle.

“Energia é um pouco menos sensível ao PIB. Mas tende também a ser um dos setores menos afetados, sendo que a empresa nesse setor precisa ter o endividamento líquido controlado”, afirmou. Segundo Almeida, Energias do Brasil (ENBR3) e Engie (EGIE3) são duas companhias que chamam a atenção no setor.

Setor de proteínas pode se recuperar graças a China

Outro setor que pode fugir da crise causada pelo coronavírus é o de proteínas. Com a China deve se recuperar antes dos demais países, o consumo de alimentos irá se normalizar mais rapidamente por lá.

“A retomada da China é um importante vetor para as empresas de proteínas”, afirmou Pedro Galdi. De acordo com o especialista, além disso, o consumo no Brasil também deve sofrer menos que os demais.

Assim, o setor de proteínas da B3, que conta com Marfrig (MRFG3), Minerva (BEEF3), BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3), por exemplo, deve se beneficiar dessa recuperação antecipada chinesa somado ao consumo interno.

Supermercados tiveram boom com coronavírus

O brasileiro mais observador reparou que, com a chegada do coronavírus no País, a população correu aos supermercados para fazer compras.

Esse boom pode não perdurar por muito tempo, mas deve auxiliar os resultados. Além disso, caso o lockdown permaneça, o setor deve continuar vendendo itens básicos à população.

“Redes de supermercados temos um grande aumento das vendas, de até 100%, dado o desespero das pessoas. Então, o setor tende a não sofrer muito caso não se perpetue”, disse João Arthur.

De acordo com o especialista, Pão de Açúcar (PCAR3) e Carrefour (CRFB3) podem se destacar no momento, em meio a crise do coronavírus.

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