Coronavírus: Rússia planeja vacinação em massa neste ano
A Rússia planeja iniciar uma vacinação em massa de sua população em outubro deste ano. Segundo o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, no último sábado (1), o intuito é utilizar o medicamento que combata o novo coronavírus (Covid-19) inicialmente em profissionais de saúde e professores.
No início da última semana, o governo russo acenou para a possibilidade de registro da vacina do país ainda neste mês. O responsável pela criação da vacina que combata o coronavírus é o Instituto Gamaleya, de Moscou. Há a previsão da produção de 200 milhões de doses até o fim do ano.
De acordo com a universidade norte-americana John Hopkins, que acompanha os números mundiais da pandemia desde seu início, a Rússia já registrou 849,2 mil casos do vírus, com 14,1 mil mortes. O país é o 11º com o maior número de mortes, além de ser o 4º em número de casos confirmados, perfazendo uma relação de 97 mortes a cada milhão de habitante.
Em termos mundiais, a universidade totaliza o número de 17,85 milhões de infectados pelo vírus, com 685,17 mil mortes. O país com o maior número de contaminados confirmados são os Estados Unidos, com 4,62 milhões (154,44 mil mortes), seguido pelo Brasil, com 2,70 milhões (93,56 mil mortes) e Índia, com 1,75 milhão (37,36 mil mortes).
Regulador da UE diz que vacina contra coronavírus pode ser aprovada em 2020
O responsável por anti-infecciosos e vacinas da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, em inglês), Marcos Cavaleri, informou no fim do mês passado que os órgãos reguladores europeus podem aprovar a primeira vacina contra o coronavírus ainda neste ano.
Isso pode acontecer por conta dos resultados promissores de diversos testes que foram feitos por farmacêuticas recentemente. As informações foram divulgadas inicialmente pela “Bloomberg”.
“Estamos nos preparando para essa possibilidade, para que nós, como reguladores, estejamos prontos. Será uma questão de ver se esses dados podem ser suficientes para permitir qualquer tipo de aprovação até o final de 2020”, afirmou Cavaleri em entrevista publicada pela agência.
Sobre a eficácia da vacina contra o coronavírus, Cavaleri afirmou que ainda é difícil definir isso. “Temos que analisar o risco-benefício das vacinas quando os dados estiverem disponíveis e isso exclui a possibilidade de sermos tão categóricos sobre o que será um nível mínimo aceitável de eficácia”, disse.