Coronavírus: Recuperação da economia será transformadora, diz BCE
Segundo a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, a zona do euro “provavelmente superou” o pior da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), mas a recuperação da economia será transformadora. A declaração foi dada em entrevista coletiva nesta sexta-feira (26).
Em meio ao temor de uma segunda onda do coronavírus, Lagarde disse que os países devem aproveitar a trégua no avanço da pandemia para se preparar para um segundo momento de tensão.
“Provavelmente superamos o ponto mais baixo e digo que com alguma trepidação, porque é claro que pode haver uma segunda onda grave”, afirmou a presidente em uma teleconferência.
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Além disso, Lagarde disse que a recuperação da atividade econômica será “desigual” e “incompleta”. Para ela, isso significa que algumas empresas podem nunca se recuperar, como do setor turístico e de entretenimento, enquanto outras ficarão mais fortes.
Em prol do auxílio à economia da zona do euro, recentemente o BCE ampliou seu pacote de estímulos, seguindo o Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, para ampliar o crédito no mercado.
A autoridade monetária central norte-americana já direcionou mais de US$ 3 trilhões (aproximadamente R$ 16,03 trilhões) para combate à pandemia.
BCE empresta 1,3 trilhão de euros a bancos no combate ao coronavírus
Os bancos da zona do euro emprestaram 1,3 trilhão de euros (cerca de R$ 7,8 trilhões de reais), disponibilizados pelo BCE, em um programa de estímulos à economia da região.
A autoridade monetária central da Europa investiu em seu pacote de empréstimos de longo prazo para ajudar empresas e famílias a conter os efeitos da crise gerada pela pandemia.
Ao todo, 742 bancos da zona do euro aceitaram as propostas do banco. O número de instituições financeiras que aderiram o programa foi um pouco menor do que o esperado por analistas.
A ampliação do auxílio da autoridade monetária central da Europa ocorre após a expectativa pela recessão econômica da região passar a ser pior do que o estimado inicialmente. Pior, inclusive, do que acontecerá nos Estados Unidos.
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O BCE prevê que a zona do euro terá uma forte queda econômica neste ano em razão do coronavírus. A presidente da instituição estima uma queda de 8,7% na economia do bloco.