O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, informou que o programa de privatizações do governo será impactado pela epidemia de coronavírus. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (12) por meio de uma publicação no Twitter.
“A crise deflagrada pelo coronavírus atinge o mercado financeiro e o nosso projeto de desestatização“, escreveu o secretário.
A publicação de Mattar ocorreu após o Ibovespa, principal índice acionário do País, interromper suas negociações por duas vezes, após quedas de 10% e 15%. Além disso, minutos depois um novo circuit breaker foi acionado para suspender as operações pelo resto do dia.
O secretário afirmou também que a Caixa Econômica Federal decidiu suspender a oferta pública inicial de ações (IPO) da Caixa Seguridade por conta da doença. A previsão anterior era que a abertura de capital, que poderia levantar R$ 15 bilhões, acontecesse ainda em abril.
Segundo Mattar, a decisão foi tomada pois é necessário zelar “com o patrimônio que pertence aos pagadores de impostos”.
A crise deflagrada pelo coronavírus atinge o mercado financeiro e o nosso projeto de desestatização. A Caixa resolveu suspender o IPO da Seguridade onde levantaria R$ 15 bilhões. Veja: https://t.co/nBm9NlACRK
— Salim Mattar (@salimmattarBR) March 12, 2020
Medidas para reduzir impactos do coronavírus
Nesta tarde, Federal Reserva (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciou uma medida para minimizar os impactos econômicos do coronavírus. A instituição injetará mais de US$ 1,5 trilhão (cerca de R$ 7,2 trilhões) nos mercados de financiamento por meio de operações de recompra reversa.
Ademais, o Banco Central Europeu (BCE) também comunicou que atuará para reduzir as consequências da doença. Entre as medidas, a instituição fará uma rodada adicional de operações de refinanciamento de longo prazo. O banco anunciou ainda um programa adicional de recompra de ativos.
Além disso, no Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os recursos do Orçamento Impositivo poderão ser destinados para a contenção da crise de coronavírus.