Pesquisadores da Universidade de Hong Kong anunciaram nesta segunda-feira (24) o primeiro caso no mundo de reinfecção pelo novo coronavírus (covid-19).
Um homem de Hong Kong, de 33 anos, foi o primeiro caso documentado de reinfecção do novo coronavírus. De acordo com os cientistas, ele havia sido infectado em abril e depois foi curado, mas, no início deste mês, ao retornar da Espanha, o paciente testou positivo. Na primeira vez, o homem apresentou sintomas leves, já na segunda, não teve nenhum sintomas.
“Um paciente aparentemente saudável e jovem teve um segundo caso de infecção pela covid-19 diagnosticado 4 meses e meio depois do primeiro episódio”, declararam os pesquisadores de Hong Kong.
Segundo o estudo, as sequências genéticas do vírus encontrados na segunda infecção eram diferentes da primeira, portanto, o paciente foi contaminado duas vezes.
“Nossos resultados provam que a segunda infecção é causada por um novo vírus, que ele adquiriu recentemente, em vez de uma disseminação viral prolongada”, afirmou Kelvin Kai-Wang To, microbiologista da Universidade de Hong Kong.
Segundo os especialistas, a covid-19 “pode persistir na população humana, como é o caso de outros coronavírus humanos comuns associados a resfriados, embora os pacientes tenham adquirido imunidade por meio de uma infecção natural”. Dessa forma, é recomendado que os pacientes recuperados permaneçam com máscaras e respeitem o distanciamento social.
Vacina da Pfizer e BioNTech contra coronavírus pode ser autorizada em outubro
As farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que trabalham juntas para o desenvolvimento do imunizante contra a covid-19, informaram que estimam a aprovação regulatória da vacina para outubro.
De acordo com o comunicado das empresas, divulgado na última quinta-feira (20), se autorização for concedida pelos órgãos oficiais, serão produzidas 100 milhões de vacina contra o coronavírus até final de 2020. Já para o próximo ano, está previsto a distribuição de 1,3 bilhão de doses.
No documento está especificado os dados como a segurança e eficácia dos estudos de fase 1. Os humanos testados pela BNT162b2, como é chamada a vacina, exibiram respostas positivas.
“Em todas as populações, a administração da BNT16b2 foi bem tolerada com febre leve e moderada em menos de 20% dos participantes”, comunicou as farmacêuticas.
“Esses resultados informaram a seleção da vacina para o estudo global principal de Fase 2 de 3 até 30 mil participantes que já começou em julho de 2020, e que até o momento inscreveu mais de 11 mil participantes, incluindo em áreas com alta transmissibilidade do coronavírus“.